Publicado 15/08/2024 17:12
O Ministério Público Eleitoral (MPE) solicitou nesta quinta-feira, 15, a instauração de inquérito pela Polícia Federal (PF) contra o influenciador Pablo Marçal (PRTB). A abertura da investigação foi requisitada após uma notícia-crime enviada à Justiça Eleitoral pelo deputado federal Guilherme Boulos (PSOL), na qual o parlamentar acusa Marçal de divulgar notícias falsas contra ele. Ambos são candidatos à Prefeitura de São Paulo.
PublicidadeO promotor eleitoral Nelson dos Santos Pereira Júnior, da 2ª Zona Eleitoral de São Paulo, pede que Marçal seja investigado pela suposta prática dos crimes de calúnia, difamação e divulgação de fatos inverídicos no contexto eleitoral. Esses crimes são previstos pelos artigos 323, 324 e 325 do Código Eleitoral, com pena máxima de até quatros anos de reclusão, além do pagamento de multa. A abertura da investigação aguarda decisão da Justiça. Procurado, Marçal não se manifestou.
Em nota, a assessoria jurídica do PRTB afirmou que, até o momento, nenhuma denúncia foi recebida. "Foi apresentada uma notícia-crime que pede seja investigada uma conduta e o Ministério Público opinou por se iniciar a investigação, que ainda não foi iniciada. Esse procedimento é parte do processo legal e não implica em qualquer tipo de condenação ou culpabilidade. É legítimo que todo aquele que se sinta vítima comunique às autoridades, que têm o deve de apurar. Estamos confiantes de que Pablo Marçal demonstrará, mais uma vez, sua inocência", diz o texto.
A campanha do PSOL apresentou a denúncia contra Marçal na semana passada, após o debate eleitoral realizado na TV Bandeirantes na quinta-feira, 8. Durante o programa, o candidato do PRTB insinuou, sem apresentar qualquer prova, que Boulos seria um usuário de drogas. No mesmo dia, Marçal chamou o candidato do PSOL de "cheirador de cocaína", postando diversos vídeos com a acusação em suas redes sociais.
Além de apresentar a notícia-crime, Boulos também pediu a remoção dos vídeos publicados por Marçal contra ele, além de direito de respostas nas redes sociais do influenciador. Na sexta-feira, 9, a Justiça Eleitoral atendeu parcialmente ao pedido do psolista, determinando a remoção dos vídeos. O pedido de direito de resposta segue em análise.
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