Publicado 16/08/2024 12:19
O Brasil manteve, no ano passado, a trajetória rumo à universalização do acesso à internet. Houve avanços na cobertura de rede no campo e também entre idosos. Em 2023, 92,5% dos lares brasileiros já estavam conectados à internet, porém, 5,9 milhões de famílias estavam à margem da rede, o equivalente a 22,4 milhões de excluídos digitais no País.
PublicidadeOs dados são da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua - Tecnologia da Informação e Comunicação 2023, a Pnad TIC, e foram divulgados nesta sexta-feira, 16, pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
O número de lares com uso de internet subiu de 68,9 milhões em 2022 (91,5% do total de domicílios permanentes existentes) para 72,5 milhões em 2023 (92,5% dos domicílios).
"Apesar do aumento consistente desde o início da série histórica (2016), essa taxa de crescimento tem sido cada vez menor, o que conversa com a aproximação desse número à universalização da Internet nos domicílios brasileiros", apontou o IBGE.
Nas áreas urbanas, a proporção de famílias com acesso à internet cresceu de 93,5% em 2022 para 94,1% em 2023, e nas áreas rurais, de 78,1% para 81,0%. A expansão da conectividade no campo tem diminuído a diferença em relação à cobertura em zonas urbanas: em 2016, apenas 35,0% dos lares rurais tinham acesso à internet, contra uma fatia de 76,6% em áreas urbanas, uma diferença superior a 40 pontos porcentuais, que foi reduzida a 13,1 pontos porcentuais em 2023.
Entre as 5,9 milhões de famílias que permaneciam sem conexão à rede em casa, os motivos mais mencionados foram: nenhum morador sabia usar a Internet (33,2%), serviço de acesso à Internet era caro (30,0%) e falta de necessidade em acessar a Internet (23,4%). Apenas 4,7% dos lares desconectados apontaram que o serviço de acesso à Internet não estava disponível na área do domicílio. Outros 3,7% relataram que o equipamento eletrônico necessário para a conexão era caro.
Quanto à forma de conexão, a proporção de domicílios com Internet via banda larga móvel subiu de 81,2% em 2022 para 83,3% em 2023, permanecendo inferior ao alcance da banda larga fixa, que aumentou de 86,4% para 86,9% no período.
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