Agentes federais cumpriram três mandados de prisãoReprodução
Publicado 21/08/2024 17:08
A Polícia Federal deflagrou nesta quarta-feira, 21, uma Operação batizada Gold Digger no rastro de uma quadrilha responsável por fraudes eletrônicas pelo furto de pelo menos R$ 15 milhões em recursos públicos por meio através do Sistema Integrado de Administração Financeira (Siafi) do governo federal.
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Agentes foram às ruas para cumprir três mandados de prisão temporária e vasculhar 19 endereços de investigados. As diligências são realizadas em Minas Gerais, na Bahia, no Rio de Janeiro, em São Paulo e no Distrito Federal.
A Operação visa desbaratar um "esquema de alta complexidade" que envolvia acessos indevidos ao Siafi com credenciais falsas de ordenadores de despesas. Segundo a PF, os investigados tentaram desviar mais de R$ 50 milhões.
Em abril, o Estadão revelou que R$ 15 milhões foram desviados do Ministério da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos (MGI) e da Justiça Eleitoral.
A organização criminosa sob suspeita usava estratégias para acessar as contas do Siafi e autorizar pagamentos fraudados, entre elas o envio de mensagens SMS que copiavam os dados de vítimas e a emissão fraudulenta de certificados digitais. Já para embolsar os valores desviados, a quadrilha usava 'laranjas' e despois transferia o dinheiro para corretoras de criptoativos (exchanges).
Os investigados podem responder pelos crimes de invasão de dispositivo informático, furto qualificado mediante fraude, organização criminosa e lavagem de dinheiro.
De acordo com a PF, o nome operação, Gold Digger, pode ser traduzido como "escavador de ouro" ou "minerador". Para os investigadores, as expressões refletem "o caráter meticuloso e persistente das violações na extração ilícita de grandes quantias de dinheiro público".
A corporação destacou ainda o sentido pejorativo do termo, usado para se referir a quem busca relações para obter vantagens financeiras — "o que reflete o modus operandi dos envolvidos, que buscam se aproveitar dos recursos públicos para lucro próprio", segundo os investigadores.
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