Publicado 11/09/2024 21:22
Os municípios de Arroio Grande, São Lourenço do Sul, Pelotas e São José do Norte, no sul do Rio Grande do Sul, registraram nesta terça-feira (10) o fenômeno conhecido como "chuva preta". De acordo com a meteorologista Estael Sias, da MetSul Meteorologia, o evento climático é resultado das queimadas nos biomas do País.
PublicidadeO Brasil tem enfrentado um recorde de incêndios e seca nas últimas semanas, o que fez uma nuvem de fumaça se espalhar praticamente por todas as regiões do País. "Há uma camada densa de fumaça espalhada por grande parte da América do Sul, inclusive no Brasil, e a ‘chuva preta’ é resultado desta queima incompleta de material orgânico, de combustível fóssil. Essa queima gera o carbono negro, uma fuligem (nanopartículas pretas), e por isso são transportadas facilmente por correntes de vento, nos baixos níveis da atmosfera", explicou Estael ao Estadão.
Segundo a MetSul, entre hoje e amanhã uma frente fria vai mudar o tempo no Rio Grande do Sul, com chuva em todas as regiões do Estado e que pode ser localmente forte, com trovoadas e risco de alguns temporais isolados, especialmente de granizo. A empresa também alerta que fuligem de queimadas pode se precipitar com a chuva.
Sobre o tom alaranjado do Sol, visto nas últimas semanas em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, Estael explica que isso também se deve a essas nanopartículas de fuligem. "Esse material particulado transportado pelo vento sofre refração dos raios solares no nascer e no pôr do sol e acaba espalhando a luz mais vermelha, mais alaranjada, que vemos em torno do Sol. Isso é o contato dos raios solares com aquelas nanopartículas de fuligem e de fumaça", disse a meteorologista.
Com o aumento da poluição por fumaça, a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) alertou os cidadãos para a importância de se manter hidratado, beber bastante água e evitar atividades ao ar livre. Além disso, recomenda procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios e manter os ambientes internos fechados.
Registro anterior
Entre quarta e quinta-feira da semana passada, o Rio Grande do Sul já havia registrado a ocorrência de "chuva preta" em Porto Alegre. Na ocasião, para comprovar o fenômeno, a MetSul decidiu realizar uma experiência simples e doméstica. "Colocamos um recipiente tão simples como uma tigela de vidro. Na quinta-feira, recolhemos. O que encontramos? Havia fuligem preta (como carvão) na água da chuva que caiu em Porto Alegre, resultado da queima de biomassa com os incêndios na Bolívia e na Amazônia", explicou a empresa de meteorologia.
Ainda de acordo com a MetSul, a "chuva preta" é contaminada com poluentes, que ao cair podem afetar corpos d’água, solos e vegetação. "A chuva preta tem impactos visíveis no ambiente urbano. Ela pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, veículos e infraestrutura, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção." (Colaborou Renata Okumura).
Segundo a MetSul, entre hoje e amanhã uma frente fria vai mudar o tempo no Rio Grande do Sul, com chuva em todas as regiões do Estado e que pode ser localmente forte, com trovoadas e risco de alguns temporais isolados, especialmente de granizo. A empresa também alerta que fuligem de queimadas pode se precipitar com a chuva.
Sobre o tom alaranjado do Sol, visto nas últimas semanas em diversas regiões do Brasil, incluindo São Paulo, Estael explica que isso também se deve a essas nanopartículas de fuligem. "Esse material particulado transportado pelo vento sofre refração dos raios solares no nascer e no pôr do sol e acaba espalhando a luz mais vermelha, mais alaranjada, que vemos em torno do Sol. Isso é o contato dos raios solares com aquelas nanopartículas de fuligem e de fumaça", disse a meteorologista.
Com o aumento da poluição por fumaça, a Secretaria Municipal da Saúde de Porto Alegre (SMS) alertou os cidadãos para a importância de se manter hidratado, beber bastante água e evitar atividades ao ar livre. Além disso, recomenda procurar atendimento médico em caso de sintomas respiratórios e manter os ambientes internos fechados.
Registro anterior
Entre quarta e quinta-feira da semana passada, o Rio Grande do Sul já havia registrado a ocorrência de "chuva preta" em Porto Alegre. Na ocasião, para comprovar o fenômeno, a MetSul decidiu realizar uma experiência simples e doméstica. "Colocamos um recipiente tão simples como uma tigela de vidro. Na quinta-feira, recolhemos. O que encontramos? Havia fuligem preta (como carvão) na água da chuva que caiu em Porto Alegre, resultado da queima de biomassa com os incêndios na Bolívia e na Amazônia", explicou a empresa de meteorologia.
Ainda de acordo com a MetSul, a "chuva preta" é contaminada com poluentes, que ao cair podem afetar corpos d’água, solos e vegetação. "A chuva preta tem impactos visíveis no ambiente urbano. Ela pode deixar uma camada de sujeira nas superfícies, como prédios, veículos e infraestrutura, o que pode levar à degradação dos materiais e aumentar os custos de manutenção." (Colaborou Renata Okumura).
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