Publicado 19/09/2024 18:12
O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), cotado para ser candidato a presidente no campo da direita em 2026, disse logo depois de reunião no Palácio do Planalto para discutir os incêndios, que o governo federal não estava preparado para combater o fogo e foi procrastinando o assunto.
Publicidade"O governo federal não estava preparado para o que aconteceu. De repente foi procrastinando e agora vai chegar no final. Mês de outubro, acredito eu que, em novembro, já estará chovendo, algumas chuvas já caíram", disse. Ele também afirmou que são necessárias ações mais concretas sobre o assunto. Caiado disse, por exemplo, que os R$ 514 milhões liberados pelo Planalto para reforçar o combate ao fogo são insuficientes.
"Como é que o governo federal não tem isso informações sobre o fogo para nos ofertar? Agora chega com a proposta: vamos fazer com mais 100 bombeiros e 30 brigadistas. Qual é o significado de R$ 514 milhões em uma situação como essa? Apresentamos um documento com base em estudo mostrando que o prejuízo hoje do Estado, não tem achismo, tudo com dados, já chega a R$ 1,5 bilhão", declarou o governador.
A reunião da qual Caiado participou foi com o ministro da Casa Civil, Rui Costa, outros ministros e governadores. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva não estava presente — ele viajou ao Maranhão para entregar títulos de terras a comunidades quilombolas. O governador de Goiás insinuou que o chefe do governo federal não dá a importância correta aos incêndios.
"Se a visão dele é que isso não tem essa relevância, não cabe a mim discutir isso. Cabe a mim discutir o que a gente pode fazer. No nosso estado de Goiás estou fazendo, não me omito de nenhum problema. Agora, o que nos esperamos é que o governo federal não nos chame na última hora para fazer um comunicado de quinhentos e poucos milhões de reais", declarou Caiado.
"Achar que de Brasília vai poder decidir o que vai fazer em cada estado, meu amigo, isso aí nós estamos cansados. Não deu conta de resolver Rio Grande do Sul atingido por enchentes no primeiro semestre, não vai dar conta de resolver o problema das queimadas", disse o governador de Goiás.
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