Publicado 14/10/2024 20:28
A Caixa Econômica Federal voltará a vender a partir do próximo dia 2 de novembro a Instantânea, nome oficial da conhecida Raspadinha. O banco vendeu o produto até 2016, quando o governo de Michel Temer decidiu que privatizaria a exploração do serviço. Como a "raspadinha privada" não decolou, o governo autorizou a retomada das vendas pela Caixa no ano passado.
PublicidadeAs premiações variarão entre R$ 2,50 e R$ 2 milhões, e os preços dos bilhetes vão de R$ 2,50 a R$ 20. "A Instantânea vai ter o maior payout das loterias, de 65%", disse a presidente da Caixa Loterias, Luciola Aor. Constituída neste ano, a empresa é subsidiária integral da Caixa e cuida das loterias tradicionais.
O presidente da Caixa, Carlos Vieira, afirmou que o retorno da "raspadinha" era uma demanda da rede. O produto será vendido nas loterias e também nos canais digitais do banco.
"Temos uma expectativa de faturamento também bem expressiva, algo em torno de R$ 1,5 bilhão anual é o que se espera", afirmou Vieira.
A bet da Caixa
A Caixa afirma que terá proteções reforçadas ao apostador no lançamento de sua futura casa de apostas esportivas online, a chamada bet. O banco deve lançar o serviço no ano que vem, e aguarda a autorização final do Ministério da Fazenda.
"Nós já temos preocupação com jogos, e se formos fazer algo com a bet não vai ser menos, vai ser a mais", disse a presidente da Caixa Loterias, Luciola Aor, a jornalistas após o lançamento da Instantânea.
Entre o pedido de autorização do banco para operar uma bet, em agosto, e este mês de outubro, o tema se tornou alvo de polêmica com estudos que apontaram que as apostas online consomem uma fatia crescente do orçamento das famílias. Dados do Banco Central apontaram inclusive que beneficiários do Bolsa Família, pago através da Caixa, estão entre os grupos que mais apostam.
A executiva disse que a "raspadinha", que a Caixa voltar a vender após oito anos, não necessariamente será canibalizada pelas loterias instantâneas estaduais. Em esfera federal, a Caixa detém o monopólio do serviço, e Aor acredita que a capilaridade e a marca do banco são diferenciais importantes na concorrência com iniciativas locais.
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