São cumpridos 27 mandados de busca para apurar esquema criminoso em quatro estadosReprodução / Polícia Federal
Publicado 16/10/2024 11:31
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta quarta-feira (16/10) a 4ª fase da Operação Passe Livre, no Pará, Piauí, São Paulo e Tocantins. O objetivo é desarticular esquema criminoso responsável por fraudar vestibulares para ingresso em cursos de medicina de faculdades particulares. Segundo a PF, o grupo resolvia prova para candidatos pelo custo de R$ 2 mil.
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A investigação é desdobramento das fases anteriores da Operação Passe Livre (deflagrada em fevereiro) que desvendou fraudes ao Exame Nacional do Ensino Médio (ENEM) de 2022 e 2023. Durante a análise dos materiais apreendidos foram identificados, até agora, 63 investigados e provas fraudadas em quatro Estados da Federação.
A fraude consistia em burlar o sistema de segurança das provas de vestibulares online de várias faculdades de medicina, permitindo, por exemplo, que terceiros tivessem acesso às questões das provas. Em outros casos, um dos investigados realizava as provas no lugar dos beneficiários da fraude. Foram identificadas situações em que o grupo chegou a fraudar provas para nove candidatos simultaneamente, utilizando-se de vários associados para resolver as questões da prova.
Os valores pagos pela realização das fraudes eram divididos entre os responsáveis por resolver ilicitamente as questões das provas.
Até o momento da publicação da matéria, foi confirmada a associação de mais de 30 investigados para, criminosamente, realizar as provas no lugar de terceiros ou fornecer as respostas para inserção nos sistemas.
O caso chama a atenção pela expertise e facilidade encontrada pelos criminosos em burlar os sistemas de segurança das provas online de vestibulares de medicina de várias faculdades.
Diante da repercussão nacional e da necessidade de repressão uniforme, foi exarada autorização do Ministro da Justiça e Segurança Pública para que a Polícia Federal investigasse o fato criminoso.
Se confirmada a hipótese criminal, os envolvidos poderão responder pelos crimes de estelionato, associação criminosa, falsidade ideológica, uso de documento falso, além de outros que possam ser identificados ao longo da investigação.
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