Publicado 20/10/2024 09:00 | Atualizado 20/10/2024 11:03
Por conta das chuvas deste sábado (19), cerca de 138 mil imóveis chegaram a ficar sem energia elétrica na capital paulista, de acordo com a concessionária Enel. As zonas sul e oeste, mais especificamente os bairros como Pinheiros, Vila Andrade, Jabaquara e Santo Amaro, foram os mais afetados. À noite, na atualização das 23 horas, o total de clientes sem luz havia sido reduzido para 37 mil imóveis e se concentravam em São Bernardo do Campo e Diadema, na Região Metropolitana, ainda de acordo com concessionária.
PublicidadeA empresa informou que suas equipes estão atendendo 700 ocorrências por falta de energia na Região Metropolitana. Um contingente de 2,4 mil profissionais foi mobilizado para a atuação nos casos de falta de energia neste sábado.
Na sexta-feira (18), o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, encaminhou um ofício à Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) para que a Enel Distribuição São Paulo mobilizasse equipes para os eventos climáticos entre os dias 18 e 20 de outubro.
O documento cita a necessidade de "acionamento da contingência ao enfrentamento de situação que eventualmente enseje a interrupção de energia". Os pedidos foram realizados depois que um apagão que atingiu a cidade após o temporal de sexta-feira (11), quando mais de 3 milhões de imóveis ficaram sem luz.
O restabelecimento total demorou dias e a empresa voltou a ser alvo de queixas de clientes e autoridades. O tema ocupou ganhando parte das discussões na campanha eleitoral à Prefeitura de São Paulo.
A extensão do problema e a demora na reação levaram o governo federal a abrir um processo disciplinar contra a empresa italiana, o que eventualmente pode levar à perda de concessão.
A empresa diz não ver requisitos para isso, uma vez que afirma cumprir os requisitos contratuais. Conforme o Estadão mostrou, o tempo de reação da Enel em dias críticos piorou e os investimentos caíram.
A companhia transferiu a concessão em Goiás no fim de 2022 após ser praticamente "expulsa" pelo governo estadual, motivado por uma série de falhas de fornecimento.
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