Publicado 21/10/2024 21:23
Brasília - O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou ontem que o acidente doméstico que sofreu na noite do sábado foi "grave" e que os médicos vão saber o "estrago" daqui a três ou quatro dias. O petista teve um trauma cerebral após cair no Palácio da Alvorada e bater a cabeça. Em conversa com o candidato petista à prefeitura de Camaçari (BA), Luiz Carlos Caetano, que divulgou ontem um vídeo nas redes sociais, Lula disse que a queda ocorreu por uma "bobagem" sua e não afetou "nenhuma parte mais delicada".
Publicidade"Eu tive um acidente aqui, mas uma bobagem minha. Foi grave, mas não afetou nenhuma parte mais delicada. Eu estou cuidando, porque qualquer coisa na cabeça é muito forte, né? Então, eu estou aguardando porque os médicos disseram que eu tenho que esperar uns três ou quatro dias para eles saberem qual foi o estrago que fez a batida", afirmou Lula ao candidato do PT em Camaçari.
‘Importante’
Segundo o Hospital Sírio-Libanês de Brasília, o presidente sofreu uma lesão com corte e contusão na parte de trás da cabeça. Em entrevista à GloboNews, o cardiologista Roberto Kalil Filho, um dos médicos que acompanham o presidente, disse que o trauma foi "importante" e provocou pequena hemorragia cerebral e, por isso, Lula precisa ficar sob observação.
Na conversa com Caetano, o presidente ainda brincou com a situação e afirmou que tem que "sobreviver" para comparecer à posse do candidato. No segundo turno da disputa municipal, o petista vai enfrentar no domingo o candidato do União Brasil, Flávio Mattos. "Eu preciso sobreviver para ir na sua posse", disse Lula.
Com o acidente, ele foi orientado a não fazer a viagem para a reunião da cúpula do Brics, que vai ser realizada na Rússia entre hoje e quinta-feira.
Foto
Ontem, o presidente publicou uma foto no X (antigo Twitter) em reunião com o ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e o assessor especial da Presidência para Assuntos Internacionais, Celso Amorim. Na imagem, ele aparece sorridente e aparenta estar bem fisicamente. "O presidente está muito ativo, super bem", declarou Padilha.
Segundo a assessoria de imprensa da Presidência da República, o petista despachou do Alvorada ontem por opção própria, e não por uma recomendação médica. Ele deve fazer exames de acompanhamento nos próximos dias.
O ministro das Relações Institucionais afirmou que não há data para Lula voltar a despachar do Palácio do Planalto. Padilha disse que também dependem de liberação da equipe médica eventuais viagens do presidente nos próximos dias. Ele é aguardado, por exemplo, para um ato de campanha do candidato do PSOL a prefeito de São Paulo, Guilherme Boulos na véspera do segundo turno.
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