Valdemar Costa Neto, presidente nacional do PLMarcello Casal Jr/Agência Brasil
Publicado 29/10/2024 08:54 | Atualizado 29/10/2024 08:56
O presidente nacional do PL, Valdemar Costa Neto, utilizou o termo "golpista" para se referir aos condenados no 8 de Janeiro e se retratou após repercussão negativa entre apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro. "Essa expressão foi mencionada pelos repórteres durante a conversa, razão pela qual a utilizei, mas que não reflete minha opinião pessoal sobre o que aconteceu naquele dia", disse o dirigente por meio de posicionamento oficial do partido.
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Durante entrevista na GloboNews, a jornalista Andréia Sadi questionou Valdemar em qual medida o projeto de lei que anistia os golpistas do 8 de Janeiro, que será votado nesta terça-feira (29), está vinculado ao apoio do PL, a maior bancada da Câmara, a um candidato à sucessão de Arthur Lira (PP-PI) no comando da Casa. "Eu entendo que não há como incluir o (Jair) Bolsonaro. Seria só aos golpistas", respondeu Costa Neto. "O processo do Bolsonaro nem foi julgado ainda".
O posicionamento publicado nos perfis institucionais do PL qualifica a depredação do patrimônio público em 8 de janeiro de 2023 como uma ação "desordenada" que desembocou em condenações "desproporcionais".
"Analisando minha fala, é evidente que não acredito que os eventos de 8 de janeiro tenham se configurado como um golpe de Estado. Na verdade, considero que foram ações desordenadas que, infelizmente, resultaram em condenações severas, chegando a 17 anos de prisão, o que enfatizei durante a entrevista como sendo extremamente desproporcional. Peço desculpas pelo equívoco gerado".
O perfil do partido também publicou um trecho de uma entrevista em que Valdemar rechaça o uso do termo "golpista" para qualificar vândalos às sedes do Três Poderes. No recorte, o dirigente do PL prefere o uso da expressão "bagunceiro". "É um golpista com pedaço de pau? Só no Brasil. Golpe é com metralhadora, com tanque de guerra. Aquilo não foi golpe nunca. Aquilo foi um bando de bagunceiros que têm de ser condenados, mas não a 17 anos", afirma Valdemar.
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