Publicado 12/11/2024 21:57
A força-tarefa criada para apurar a execução do empresário Antônio Vinícius Lopes Gritzbach, assassinado a tiros na sexta-feira, 8, no Aeroporto Internacional de Guarulhos, na região metropolitana de São Paulo, afastou mais quatro policiais militares investigados pela Corregedoria da corporação por fazer escolta para o delator. Agora, portanto, são oito PMs investigados. Uma possível participação dos agentes na morte de Gritzbach também não é descartada.
PublicidadeComo mostrou o Estadão, quatro agentes faziam a segurança particular de Gritzbach quando ele foi executado - esses já haviam sido afastados anteriormente. O empresário havia firmado acordo de delação premiada com a promessa de entregar esquemas de lavagem de dinheiro do Primeiro Comando da Capital (PCC) e também falou sobre casos de corrupção policial.
Além deles, a Corregedoria da PM teria identificado, em investigação que já dura um mês, outros quatro agentes que prestavam serviços de escolta para o empresário. Diante disso, foi aberto um inquérito policial-militar (IPM) para apurar a conduta dos agentes, segundo a Secretaria da Segurança Pública.
Conforme informações oficiais, os agentes afastados foram chamados pela Corregedoria da PM para prestar esclarecimentos no inquérito militar que apura o envolvimento do grupo na escolta do homem assassinado. A secretaria destacou que a atividade fere o regulamento disciplinar da instituição. Um dos pontos que causaram alerta na força-tarefa é que, ao chegar de viagem para o Nordeste com a namorada, Gritzbach seria recebido no terminal pelo filho, de 11 anos e por um grupo de quatro seguranças, composto por alguns dos PMs que faziam a proteção do empresário
No caminho para o aeroporto, porém, um dos carros usados por eles teria supostamente apresentado uma falha mecânica enquanto estava estacionado em um posto de gasolina. Três dos seguranças, então, teriam ficado com o veículo, enquanto o quarto seguiu com o filho da vítima e um sobrinho do delator. Os celulares de todos os policiais que estavam presentes no dia do crime foram apreendidos e passam por análise.
Policiais civis
A Corregedoria da Polícia Civil também investiga os policiais civis que foram citados no acordo de colaboração firmado pelo Ministério Público. O Estadão mostrou a denúncia ontem. Parte dos extratos da delação de Gritzbach foi encaminhada à instituição, que deu início em outubro a uma apuração sigilosa, com providências administrativas preliminares para individualização de condutas.
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