Publicado 15/11/2024 18:51 | Atualizado 15/11/2024 18:53
A Polícia Federal (PF) planeja solicitar a quebra dos sigilos fiscal, bancário e telemático — abrangendo registros de telefone e buscas na internet — de Francisco Vanderlei Luiz, responsável pelo atentado ocorrido na Praça dos Três Poderes na noite da última quarta-feira (13). O requerimento será formalizado nos próximos dias e está sujeito à autorização do Supremo Tribunal Federal (STF).
PublicidadeMais cedo, a corporação acessou os dados do aparelho celular de Francisco. Um dos objetivos é verificar se ele mantinha relações políticas, tanto em Brasília quanto em Santa Catarina, seu Estado natal. Francisco era filiado ao Partido Liberal (PL) e chegou a se lançar candidato a vereador nas eleições de 2020, mas não se elegeu. Os peritos analisam os históricos de buscas e mensagens atrás de provas.
O relator da investigação é o ministro Alexandre de Moraes, que, segundo a ex-mulher de Francisco, era seu principal alvo. Em depoimento, ela afirmou que o ex-marido "tinha a ideia de eliminar os ministros do STF". Disse também que acredita "sinceramente" que ele tenha agido sozinho.
Imagens obtidas pela Polícia Civil do Distrito Federal mostram que Francisco comprou fogos artifícios em uma loja regular na semana anterior ao atentado. Informações preliminares apontam que modificou o material, de maneira caseira, para potencializar o efeito explosivo.
Uma armadilha com bomba foi deixada na casa que Francisco alugava. Os explosivos foram acessados por um robô antibombas e ninguém se feriu. As varreduras necessárias na região da Praça dos Três Poderes já foram concluídas pela Polícia Militar do Distrito Federal.
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