Publicado 21/11/2024 18:59
Rio - Os depoimentos de antigos líderes das Forças Armadas apontaram que Jair Bolsonaro apresentou a eles o plano de dar um golpe de Estado. A informação foi revelada pelo ex-chefe do Exército, Marco Antônio Freire Gomes, pelo chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), o general Estevam Theophilo, e o ex-comandante da Aeronáutica, tenente-brigadeiro Baptista Júnior. De acordo com os militares, o ex-presidente apresentou duas versões da minuta de golpe.
Publicidade"Em outra reunião no Palácio da Alvorada, em uma data que não se recorda, o então presidente Jair Bolsonaro apresentou uma versão do documento que previa a decretação do Estado de Defesa e a formação de uma comissão para verificar a conformidade e legalidade do processo eleitoral", consta no depoimento de Freire Gomes à PF.
As investigações também apontam que Bolsonaro também teria convocado, de maneira reservada no Alvorada, o general Estevam Theophilo, chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), para reforçar seu "firme propósito de executar o que estava descrito no documento". Theophilo afirmou ter participado da reunião a mando de Freire Gomes, mas este último negou ter dado tal ordem.
O general também relatou à PF que rejeitou qualquer iniciativa que pudesse impedir a posse de Lula, manifestando sua oposição tanto ao ex-presidente quanto ao Ministério da Defesa, em conversas privadas com outros generais.
Da mesma forma, o tenente-brigadeiro Baptista Jr., ex-comandante da Aeronáutica, declarou ter tido acesso às duas versões do documento golpista. Ele afirmou que, sem a recusa do comandante do Exército, o golpe provavelmente teria se concretizado.
"Questionado se a posição do general Freire Gomes foi decisiva para impedir que uma minuta do decreto que possibilitaria um golpe de Estado fosse adiante, ele respondeu que sim; que caso o comandante tivesse concordado, a tentativa de golpe possivelmente teria se consumado", diz o registro do depoimento.
Ainda segundo Baptista Jr., ele teria advertido Bolsonaro de que, caso insistisse na tentativa de golpe, seria necessário prendê-lo. "Em uma das reuniões com os comandantes das Forças após o segundo turno das eleições, quando Jair Bolsonaro cogitou medidas contra o regime democrático, como o uso de instrumentos previstos na Constituição (GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, declarou que, se tal ato fosse tentado, ele teria que deter o presidente da República", narra o depoimento.
Esta é a terceira vez que Bolsonaro é indiciado pela Polícia Federal. Além da suposta conspiração golpista, estão sob apuração fraudes relacionadas aos cartões de vacinação e a venda de joias recebidas como presente ao Brasil por países estrangeiros.
As investigações também apontam que Bolsonaro também teria convocado, de maneira reservada no Alvorada, o general Estevam Theophilo, chefe do Comando de Operações Terrestres (Coter), para reforçar seu "firme propósito de executar o que estava descrito no documento". Theophilo afirmou ter participado da reunião a mando de Freire Gomes, mas este último negou ter dado tal ordem.
O general também relatou à PF que rejeitou qualquer iniciativa que pudesse impedir a posse de Lula, manifestando sua oposição tanto ao ex-presidente quanto ao Ministério da Defesa, em conversas privadas com outros generais.
Da mesma forma, o tenente-brigadeiro Baptista Jr., ex-comandante da Aeronáutica, declarou ter tido acesso às duas versões do documento golpista. Ele afirmou que, sem a recusa do comandante do Exército, o golpe provavelmente teria se concretizado.
"Questionado se a posição do general Freire Gomes foi decisiva para impedir que uma minuta do decreto que possibilitaria um golpe de Estado fosse adiante, ele respondeu que sim; que caso o comandante tivesse concordado, a tentativa de golpe possivelmente teria se consumado", diz o registro do depoimento.
Ainda segundo Baptista Jr., ele teria advertido Bolsonaro de que, caso insistisse na tentativa de golpe, seria necessário prendê-lo. "Em uma das reuniões com os comandantes das Forças após o segundo turno das eleições, quando Jair Bolsonaro cogitou medidas contra o regime democrático, como o uso de instrumentos previstos na Constituição (GLO, Estado de Defesa ou Estado de Sítio), o então comandante do Exército, general Freire Gomes, declarou que, se tal ato fosse tentado, ele teria que deter o presidente da República", narra o depoimento.
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