Publicado 08/01/2025 13:03
Brasília - O Ministro do Supremo Tribunal Federal do Brasil, Edson Fachin, e o Ministro da Justiça e Segurança Pública do Brasil, Ricardo Lewandowski, discursaram nesta quarta-feira (8) em evento que celebrada a democracia na data em que a tentativa de golpe completou dois anos.
PublicidadeFachin discursou primeiramente. O magistrado contou uma memória sua de quando viu a cena de destruição na sede do STF. Segundo ele, a ministra Rosa Weber, que estava ao seu lado, disse: 'vamos reconstruir'. "Assim se fez. A democracia segue inabalada". Ele também valorizou o STF na função de defesa à democracia.
"O Supremo Tribunal Federal teve e tem papel decisivo na defesa da lei da ordem democrática junto com os demais poderes e com as instituições de estado aqui representadas. Nós, os ministros do Supremo Tribunal Federal, sabemos que existimos na democracia", disse ele.
Fachin também leu um pronunciamento do presidente do STF, Luís Roberto Barroso.
"Os atentados de 8 de janeiro foram a face visível de um movimento subterrâneo que articulava um golpe de estado. Foram a manifestação de um triste sentimento antidemocrático agravado pela intolerância e pela agressividade. Um desencontro político espiritual com a índole genuína do povo brasileiro. Relembrar esta data com a gravidade que o episódio merece constitui também o esforço para virarmos a página mas sem arrancá-la da história", dizia o texto do presidente do STF.
Ricardo Lewandowski foi mais um a falar. Ele contou que quando foi em direção à sede do STF, ao lado de outras lideranças políticas, encontrou um cenário caótico. "Infelizmente nos deparamos com um verdadeiro cenário de guerra, algo inimaginável num estado democrático de direito".
Apesar da memória ruim, ele também celebrou a democracia. "A democracia é a concretização dos direitos fundamentais do ser humano. Ao longo de séculos esse conceito evoluiu, mas sempre manteve a sua essência, a participação ativa do povo na gestão da coisa pública desde a sua origem na Grécia Antiga... Vida à democracia brasileira".
8 de janeiro de 2023
No dia 8 de janeiro de 2023, houve uma tentativa de golpe em Brasília, no Distrito Federal. Os atos golpistas foram organizados por apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), que perdeu a eleição de 2022 para Lula. Os manifestantes alegavam que a eleição havia sido fraudada e que Lula era um presidente ilegítimo.
Os protestos tiveram início pacífico, mas logo se tornaram violentos. Os manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, destruindo patrimônio público e agredindo policiais. O governo federal condenou os atos de violência e afirmou que iria punir os responsáveis, dando início a uma investigação da Polícia Federal e posterior julgamento do STF.
Os protestos tiveram início pacífico, mas logo se tornaram violentos. Os manifestantes invadiram o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal, destruindo patrimônio público e agredindo policiais. O governo federal condenou os atos de violência e afirmou que iria punir os responsáveis, dando início a uma investigação da Polícia Federal e posterior julgamento do STF.
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