
Publicado 26/03/2025 11:40
Mato Grosso do Sul - Uma falsa biomédica, de 27 anos, foi indiciada pelos crimes de lesão corporal de natureza gravíssima, uso de produto medicinal sem registro na Anvisa, crime de indução do consumidor a erro e uso de documento falso. O caso aconteceu em Campo Grande, na capital do Mato Grosso do Sul.
PublicidadeA investigação foi iniciada em setembro de 2024 após quatro mulheres atendidas pela investigada em um espaço de coworking da capital apresentarem graves sintomas reagentes a um tratamento estético de preenchimento labial. A suspeita se apresentava como biomédica e esteticista, mas não possui nenhuma formação superior.
As vítimas passaram por diversos atendimentos médicos, internações e, em um dos casos, uma complicação fez com que a paciente tivesse que ser submetida a procedimento de traqueostomia. Os laudos do Instituto de Medicina e Odontologia Legal (IMOL) apontaram ocorrência de lesão de natureza gravíssima em razão da vítima ter sofrido deformidade permanente decorrente da fibrose em sua região mandibular.
O seu indiciamento foi divulgado pela Polícia Civil na última quinta-feira (20).
Diploma falso
Durante a apuração do crime, a 2ªDP apreendeu na residência da investigada diversos medicamentos de uso estético restritos a profissionais formados em medicina, odontologia e biomedicina acondicionados de maneira irregular. Alguns desses medicamentos foram importados de forma ilegal e não possuíam registro da Anvisa.
Também foi encontrado na residência da investigada um diploma de estética supostamente expedido por uma faculdade da capital que ela usava para induzir a erro seus pacientes, que acreditavam na formação técnica da profissional. Laudo pericial apontou que o documento é materialmente falso.
A Polícia Civil conseguiu, na Justiça, uma decisão impedindo que a mulher continuasse atuando no ramo da estética. Com o caso encerrado, cabe ao Ministério Público a decisão de quais crimes a autora será denunciada, mas o somatório das penas mínimas dos delitos que falsa biomédica foi indiciada chegam a mais de dez anos de reclusão e podem ultrapassar a 25 anos em suas penas máximas.
A Polícia Civil conseguiu, na Justiça, uma decisão impedindo que a mulher continuasse atuando no ramo da estética. Com o caso encerrado, cabe ao Ministério Público a decisão de quais crimes a autora será denunciada, mas o somatório das penas mínimas dos delitos que falsa biomédica foi indiciada chegam a mais de dez anos de reclusão e podem ultrapassar a 25 anos em suas penas máximas.
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