Líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN)José Cruz / Agência Brasil
Publicado 09/12/2025 08:00 | Atualizado 09/12/2025 08:15
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), afirmou nesta segunda-feira, 8, que o PL tentará atrair o apoio de partidos de centro para uma candidatura de Flávio Bolsonaro (PL) à Presidência e citou o histórico recente de que partidos desse espectro se aliarem tanto à direita como à esquerda.

"De 2002 para cá, só quem venceu a eleição foi quem estava na esquerda ou na direita. Há um discurso recorrente na mídia em que é necessário buscarmos o meio. Normalmente, o meio adere a quem ganha a eleição ou a quem mostra alguma possibilidade de vencer", declarou Marinho a jornalistas, após reunião em que Flávio conversou com os presidentes de três partidos: Ciro Nogueira (PP), Antônio Rueda (União Brasil) e Valdemar Costa Neto (PL).

Perguntado sobre como o PL agirá se não conseguir agregar apoio, Rogério Marinho citou um possível "pacto de não agressão".

"Se não pudermos unir os grupos que pensam parecido conosco, haverá um segundo turno, que aconteceu, por exemplo, no Chile. No Chile, o segundo colocado, que teve pouco menos de 25% de atenção de votos, hoje está em primeiro lugar, que é um pacto de não agressão. Então, isso, se acontecer, nós vamos tratar desta forma, mas vamos buscar até o final ter o maior número de partidos possíveis trabalhando conosco no primeiro turno", falou.

Marinho disse também que as candidaturas "vão ser testadas e recepcionadas ou não pelos partidos aliados" e que o anúncio de Flávio na última sexta-feira "foi uma surpresa para muita gente".

O senador afirmou ainda esperar que o PL tenha a chance de conversar com os presidentes do Republicanos, Marcos Pereira, e do PSD, Gilberto Kassab. Marcos Pereira - que comanda o partido do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas - foi convidado para a reunião na casa de Flávio, mas não foi.
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"Nós esperamos que tanto o Marcos, como o Kassab, como outras lideranças possam, em algum momento, conversar conosco", falou Marinho.
'Partidos ficaram de maturar ideia'
O líder da oposição no Senado afirmou que Flávio Bolsonaro pediu aos presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antônio Rueda, para que apoiem sua candidatura à Presidência. Segundo Marinho, Ciro e Rueda ficaram de consultar suas bancadas.

"É evidente que há uma responsabilidade da presidência do PP como do presidente da União Brasil para que possam conversar com as suas respectivas bancadas, com governadores, com atores políticos que estão espalhados por todo o país para que, ao fim, possam nos trazer uma posição dos seus respectivos partidos", declarou Marinho a jornalistas, após uma reunião na casa de Flávio com Rueda, Ciro e o presidente do PL, Valdemar Costa Neto.

Segundo Marinho, a definição precisará passar por uma maturação: "Isso não vai acontecer nem hoje nem amanhã. A conversa que tivemos é que isso vai ser maturado, vai ser absorvido por todos, vamos ter um tempo para que haja essa definição".

O líder da oposição afirmou que "a candidatura do senador Flávio é uma candidatura para valer" e não se trata de um "balão de ensaio". "O PL tem uma candidatura, está claro [...] Na última sexta-feira, o Bolsonaro colocou para o Flávio que a candidatura era dele, até para unificar a direita, para que nós possamos preservar o seu legado", disse.

De acordo com o parlamentar, o PL reunirá nesta terça-feira integrantes dos diretórios estaduais para levar o nome de Flávio, a fim de trazer uma unidade na sigla.
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