Erika Hilton se manifestou nas redes sociais sobre PL da DosimetriaDivulgação / Câmara dos Deputados
Publicado 10/12/2025 08:25 | Atualizado 10/12/2025 08:39
Políticos de esquerda lamentaram a aprovação do PL da Dosimetria, que reduz as penas dos condenados por atos golpistas, como o ataque de 8 de janeiro de 2023. Parlamentares se manifestaram nas redes sociais na madrugada desta quarta-feira (10), após o fim da sessão. A medida beneficia o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
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A deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP) afirmou que a direita não aceita as condenações dos seus representantes. "A qualquer sinal de que um político do Centrão ou da direita será responsabilizado pelos seus atos ou sua corrupção, correm para alterar as regras do jogo. Mudam as leis, a Constituição, atacam a Justiça e tentam impedir qualquer forma de investigação", afirmou.
Já a parlamentar Jandira Feghali (PcdoB-RJ) afirmou que nunca presenciou "uma legislatura tão desqualificada, tão disposta a atacar a Constituição e a democracia para proteger torturadores, saudosos da ditadura e sabotadores do Estado de Direito". "Penso nas famílias dos mortos e desaparecidos políticos, que hoje revivem a dor ao ver essa maioria rasteira vender a democracia em troca de um acordo eleitoral", escreveu.
Na opinião do líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), o que acontece na Câmara dos Deputados, "na calada da noite, é uma afronta direta à democracia e à memória do povo brasileiro". "Pautar uma anistia para os golpistas do 8 de janeiro significa ignorar a gravidade de um ataque violento que destruiu patrimônio público e ameaçou a vida do presidente, do vice e de um ministro do Supremo Tribunal Federal", escreveu, durante a votação.
O ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Guilherme Boulos, também se manifestou. "A Câmara está trabalhando até a madrugada para votar o fim da Escala 6x1? Para garantir direitos para o povo? Não! Estão votando anistia pra quem tentou dar Golpe de Estado. Definitivamente está de costas para o povo brasileiro."
Já a deputada Sâmia Bomfim (PSOL-SP) lembrou da confusão na Casa horas antes, quando Glauber Braga (PSOL-RJ) sentou na cadeira do presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), como forma de protesto e foi retirado à força pela Polícia Legislativa.
"Depois dessas cenas lamentáveis, Hugo Motta pautou e na calada da madrugada deputados aprovaram um projeto para anistiar e reduzir as penas de golpistas condenados, inclusive Bolsonaro. Um escárnio contra o Brasil promovido pelo Congresso Inimigo do Povo", protestou.
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