Publicado 28/04/2022 18:57
Uma criança de 11 anos passou mal e quase foi a óbito depois de ingerir uma fruta tóxica dentro da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista, que fica em Tamoios, segundo distrito de Cabo Frio, município da Região dos Lagos. O caso aconteceu nesta segunda-feira (25), em período de aula. O menino teria ingerido a fruta noz da Índia que nasce em uma árvore dentro da unidade escolar e, em seguida, começou a passar mal.
De acordo com o relato da mãe de Kayo dos Santos, Camila Lima, ela foi avisada por um conhecido de que o menino estava passando mal e se deslocou até a escola para buscar a criança. Chegando lá, o aluno já estava pálido, vomitado, defecado, todo sujo e “quase desfalecendo”. Ela foi com ele para o Pronto Socorro Municipal de São Pedro da Aldeia, onde os médicos prestaram os primeiros socorros e conseguiram reanimá-lo.
Ainda segundo a mãe, o médico de plantão disse que se ela tivesse demorado mais 30 minutos ou se o menino não tivesse expelido o veneno, ele não teria resistido.
A mãe questiona o motivo da árvore ainda estar no local, mesmo sendo perigosa. Diversas pessoas que já estudaram no local afirmaram que, por anos, alunos passam mal pelo mesmo motivo e ninguém faz nada.
“O diretor teve a ‘cara de pau’ de falar que a fruta é realmente venenosa. Quando eu cheguei na escola pra pegar o meu filho, eles não tinham acionado ambulância, não tinham chamado ninguém. A inspetora ainda me falou que já teve até um boi que morreu lá por ter comido essa fruta. Estou completamente revoltada com isso, ontem meu filho quase morreu”, disse Camila.
Uma ex-aluna também comentou através de uma rede social. “Gente, ainda não tiraram essa árvore de lá? Eu lembro que na minha época uns 15 alunos passaram mal porque comeram esse fruto, eu também tinha comido e passei mal. Tem que tirar essa árvore de lá, isso foi há mais de 12 anos, será que vão esperar o pior acontecer?”, questionou.
Camila registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Cabo Frio informou que cinco alunos do 6º ano da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista apresentaram sintomas de problemas gastrointestinais (náusea e vomito) após ingerirem a noz da árvore aleurites moluccana, popularmente conhecida como noz da Índia. “Assim que tomou conhecimento do caso, a direção da unidade escolar prestou atendimento aos estudantes, enquanto a equipe de Orientação Educacional buscava contato com os pais”, disse a nota.
Segundo o relato da equipe diretiva, a mãe do aluno em questão esteve na escola, foi orientada, e saiu acompanhada do filho, que até aquele momento estava lúcido e ativo. Nenhum outro pai ou responsável procurou a escola para relatar novos casos semelhantes ao da criança citada. Haverá ainda, nos próximos dias, nas dependências da escola, uma reunião com pais e responsáveis para reforçar os esclarecimentos e orientações, especialmente para os novos alunos matriculados em 2022.
Os estudantes são orientados sobre não ingerir nenhum tipo de alimento de fora do refeitório. A unidade escolar fica localizada em área rural, em área com enorme diversidade de flora e fauna, e recomenda que os alunos não tenham contato com diferentes espécies da flora do campus. A árvore está na escola há mais de 30 anos e faz parte da história local, tendo importância pedagógica juntamente com outros exemplares que são objetos de estudo no Curso Técnico em Agropecuária.
A escola, dentro da pauta pedagógica, orienta a comunidade escolar sobre a importância de todos os espécimes exóticos presente no campus, “além de realizar com todos os alunos, a cada início de período letivo, o tour às dependências da escola, orientando sobre os cuidados que se deve ter ao circular por um campus agrícola, como não tocar nos animais, não consumir frutos nem recolher flores, não adentrar nos espaços de atividades técnicas sem o acompanhamento e orientação de um professor”.
De acordo com o relato da mãe de Kayo dos Santos, Camila Lima, ela foi avisada por um conhecido de que o menino estava passando mal e se deslocou até a escola para buscar a criança. Chegando lá, o aluno já estava pálido, vomitado, defecado, todo sujo e “quase desfalecendo”. Ela foi com ele para o Pronto Socorro Municipal de São Pedro da Aldeia, onde os médicos prestaram os primeiros socorros e conseguiram reanimá-lo.
Ainda segundo a mãe, o médico de plantão disse que se ela tivesse demorado mais 30 minutos ou se o menino não tivesse expelido o veneno, ele não teria resistido.
A mãe questiona o motivo da árvore ainda estar no local, mesmo sendo perigosa. Diversas pessoas que já estudaram no local afirmaram que, por anos, alunos passam mal pelo mesmo motivo e ninguém faz nada.
“O diretor teve a ‘cara de pau’ de falar que a fruta é realmente venenosa. Quando eu cheguei na escola pra pegar o meu filho, eles não tinham acionado ambulância, não tinham chamado ninguém. A inspetora ainda me falou que já teve até um boi que morreu lá por ter comido essa fruta. Estou completamente revoltada com isso, ontem meu filho quase morreu”, disse Camila.
Uma ex-aluna também comentou através de uma rede social. “Gente, ainda não tiraram essa árvore de lá? Eu lembro que na minha época uns 15 alunos passaram mal porque comeram esse fruto, eu também tinha comido e passei mal. Tem que tirar essa árvore de lá, isso foi há mais de 12 anos, será que vão esperar o pior acontecer?”, questionou.
Camila registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
O que diz a Prefeitura
A Prefeitura de Cabo Frio informou que cinco alunos do 6º ano da Escola Agrícola Municipal Nilo Batista apresentaram sintomas de problemas gastrointestinais (náusea e vomito) após ingerirem a noz da árvore aleurites moluccana, popularmente conhecida como noz da Índia. “Assim que tomou conhecimento do caso, a direção da unidade escolar prestou atendimento aos estudantes, enquanto a equipe de Orientação Educacional buscava contato com os pais”, disse a nota.
Segundo o relato da equipe diretiva, a mãe do aluno em questão esteve na escola, foi orientada, e saiu acompanhada do filho, que até aquele momento estava lúcido e ativo. Nenhum outro pai ou responsável procurou a escola para relatar novos casos semelhantes ao da criança citada. Haverá ainda, nos próximos dias, nas dependências da escola, uma reunião com pais e responsáveis para reforçar os esclarecimentos e orientações, especialmente para os novos alunos matriculados em 2022.
Os estudantes são orientados sobre não ingerir nenhum tipo de alimento de fora do refeitório. A unidade escolar fica localizada em área rural, em área com enorme diversidade de flora e fauna, e recomenda que os alunos não tenham contato com diferentes espécies da flora do campus. A árvore está na escola há mais de 30 anos e faz parte da história local, tendo importância pedagógica juntamente com outros exemplares que são objetos de estudo no Curso Técnico em Agropecuária.
A escola, dentro da pauta pedagógica, orienta a comunidade escolar sobre a importância de todos os espécimes exóticos presente no campus, “além de realizar com todos os alunos, a cada início de período letivo, o tour às dependências da escola, orientando sobre os cuidados que se deve ter ao circular por um campus agrícola, como não tocar nos animais, não consumir frutos nem recolher flores, não adentrar nos espaços de atividades técnicas sem o acompanhamento e orientação de um professor”.
Com o ocorrido, a Coordenação de Ciências da Natureza organizou uma atividade especial a ser aplicada em todas as turmas com o objetivo de reforçar as informações sobre a árvore em questão.
Sobre o espécime da flora local em questão, a unidade escolar esclarece que a Aleurites moluccana é uma árvore da família das Euforbiáceas, natural da Indo-Malásia, introduzida no Brasil e comum na região. É conhecida popularmente por vários nomes, sendo os mais comuns, “castanha Purgativa”, “Nogueira da Índia” e “Noz da Índia”.
As folhas, cascas, tronco, seiva e sementes da A. moluccana são tradicionalmente utilizadas para ornamentação e medicina popular, com grande destaque, sendo usada no tratamento de úlceras, conjuntivite, inflamações, cicatrização e analgesia. Nesse sentido, essa planta tem se tornado objetivo de estudos sobre suas propriedades químicas, a fim de encontrar esses metabólitos secundários que possuem tais atividades farmacológicas. Quando ingerida in natura, a noz da planta pode causar náuseas, vômito, cólica abdominal e diarreia.
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