Publicado 05/05/2022 18:48
Um momento delicado na vida de muitos familiares se tornou tormento para uma moradora de Cabo Frio, município da Região dos Lagos. Raphaela Barcellos ficou com um “nó na garganta” quando, acompanhada da avó, foi visitar o túmulo do avô no Cemitério Jardim dos Eucaliptos, que fica no bairro Jardim Esperança, na última sexta-feira (29).
De acordo com o relato, o cenário do local era de total abandono. O matagal tomou conta do terreno, dificultando até a localização das covas. Para encontrar o ponto exato onde o ex-companheiro estava enterrado, a avó de Raphaela teve que abrir o mato com as próprias mãos, já que passava da altura do joelho.
“Fomos lá para tentar acalmar nosso coração e amenizar a saudade com uma visita, mas tudo só piorou. A sensação é de que estávamos em um terreno abandonado, era que tínhamos abandonado ele ali. Eu nunca havia presenciado uma cena tão triste como aquela… Minha avó abrindo o matagal em busca do marido… A vontade de chorar era tão grande que fiquei até sufocada tentando aguentar por ela. Está crescendo mato até de dentro das covas de cimento. Um descaso total”, lamentou a mulher.
Ainda de acordo com a denúncia, um funcionário do local cobrou um valor extra para limpar o local. “A senhora quer que a gente limpe? A gente limpa, mas tem que pagar”, disse o homem, rindo, quando questionado sobre a situação do terreno.
O ocorrido só deixou a família mais abalada três meses depois de perder uma pessoa querida.
“Uma visita que era para acalmar o coração, só nos trouxe mais tristeza. Minha avó não dormiu se culpando por ele estar lá, parecendo um ninguém, uma pessoa que foi enterrada escondida, sem família, sem amor… E está longe disso ser verdade. A vontade era de sair cortando tudo, até dos falecidos que não tinham nenhuma ligação com a gente, porque é de dar um nó na garganta. Não desejamos esse sentimento para ninguém. Ninguém merece ver um ente querido abandonado daquela forma…”, concluiu o desabafo.
De acordo com o relato, o cenário do local era de total abandono. O matagal tomou conta do terreno, dificultando até a localização das covas. Para encontrar o ponto exato onde o ex-companheiro estava enterrado, a avó de Raphaela teve que abrir o mato com as próprias mãos, já que passava da altura do joelho.
“Fomos lá para tentar acalmar nosso coração e amenizar a saudade com uma visita, mas tudo só piorou. A sensação é de que estávamos em um terreno abandonado, era que tínhamos abandonado ele ali. Eu nunca havia presenciado uma cena tão triste como aquela… Minha avó abrindo o matagal em busca do marido… A vontade de chorar era tão grande que fiquei até sufocada tentando aguentar por ela. Está crescendo mato até de dentro das covas de cimento. Um descaso total”, lamentou a mulher.
Ainda de acordo com a denúncia, um funcionário do local cobrou um valor extra para limpar o local. “A senhora quer que a gente limpe? A gente limpa, mas tem que pagar”, disse o homem, rindo, quando questionado sobre a situação do terreno.
O ocorrido só deixou a família mais abalada três meses depois de perder uma pessoa querida.
“Uma visita que era para acalmar o coração, só nos trouxe mais tristeza. Minha avó não dormiu se culpando por ele estar lá, parecendo um ninguém, uma pessoa que foi enterrada escondida, sem família, sem amor… E está longe disso ser verdade. A vontade era de sair cortando tudo, até dos falecidos que não tinham nenhuma ligação com a gente, porque é de dar um nó na garganta. Não desejamos esse sentimento para ninguém. Ninguém merece ver um ente querido abandonado daquela forma…”, concluiu o desabafo.
Após a reportagem entrar em contato com a Prefeitura, o município informou que a capina do Cemitério Jardim dos Eucaliptos está no cronograma de ações da Secretaria Municipal de Obras e Serviços Públicos. Uma equipe foi enviada na manhã desta quinta-feira (5) para solucionar o problema no local.
A prefeitura informou ainda que o serviço tem um cronograma fixo que estava atrasado por conta da manutenção das máquinas necessárias. O município não se pronunciou sobre a cobrança extra do funcionário do local.
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