Publicado 30/01/2023 13:21
A nova concessão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio, município da Região dos Lagos, tem sido alvo de contestações e polêmicas na cidade. Entre os motivos, estão o possível favorecimento das operações offshore e os estudos técnicos; além do edital para o certame estarem sendo feitos pela Prefeitura Municipal de Cabo Frio em parceria com a consultoria do Consórcio Marazul.
Após o Chamamento Público para procedimento de manifestação de interesse, para a realização de estudos técnico, econômico-financeiro, jurídico e ambiental para que subsidiem a modelagem da concessão para a exploração, manutenção e expansão do Aeroporto de Cabo Frio, o trade turístico municipal levantou questionamentos de que edital para a nova concessão está fortalecendo a questão offshore, com voos de helicóptero e deixado de lado os voos comerciais, para turismo e lazer. Por outro lado, o governo afirma que essa já é uma realidade do Aeroporto de Cabo Frio, quem tem, praticamente 80% dos voos de helicóptero.
Durante os estudos para a elaboração do edital, a empresa vencedora do certame para o Chamamento Público – Consórcio Marazul – a Prefeitura afirma que os investimentos para que se tenha voo comercial estão previstos, com a melhoria do terminal de passageiros, mas é necessário que a empresa que assuma seja uma empresa que tenha a expertise com voos offshore, já que, atualmente é a área principal de operação do aeroporto cabo-friense.
Após o Chamamento Público para procedimento de manifestação de interesse, para a realização de estudos técnico, econômico-financeiro, jurídico e ambiental para que subsidiem a modelagem da concessão para a exploração, manutenção e expansão do Aeroporto de Cabo Frio, o trade turístico municipal levantou questionamentos de que edital para a nova concessão está fortalecendo a questão offshore, com voos de helicóptero e deixado de lado os voos comerciais, para turismo e lazer. Por outro lado, o governo afirma que essa já é uma realidade do Aeroporto de Cabo Frio, quem tem, praticamente 80% dos voos de helicóptero.
Durante os estudos para a elaboração do edital, a empresa vencedora do certame para o Chamamento Público – Consórcio Marazul – a Prefeitura afirma que os investimentos para que se tenha voo comercial estão previstos, com a melhoria do terminal de passageiros, mas é necessário que a empresa que assuma seja uma empresa que tenha a expertise com voos offshore, já que, atualmente é a área principal de operação do aeroporto cabo-friense.
A Consórcio Marazul, conforme apurado pelo O Dia, tem como uma das empresas participante a INFRA, que opera o aeroporto de Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, desde 2017, que é um aeroporto totalmente voltado para o offshore, além de um heliporto no Farol de São Tomé, o maior da America Latina em termos de movimentação de aeronave e de passageiros.
O fato tem chamado atenção do trade turístico de Cabo Frio e de empresários, já que há interesse do Consórcio em participar do leilão. Porém, cabe ressaltar, que essa elaboração dos estudos técnicos para a nova concessão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio foi feita através de um Chamamento Público aberto a todas as empresas interessadas. Três empresas participaram do Chamamento Público e duas apresentaram estudos técnicos. Na apreciação, ficou escolhido, por maior pontuação, o estudo formulado pelo Consórcio Marazul, que tem a empresa Infra como integrante. Todo o procedimento foi acompanhado, na fase interna, pela Comissão de Concessão do Aeroporto, Procuradoria Geral do Município, Controladoria Geral do Município e o Gabinete do Prefeito, e na fase externa pelo Ministério da Infraestrutura, Secretaria Nacional de Aviação Civil, Advocacia Geral da União e o Tribunal de Contas da União (TCU).
O fato tem chamado atenção do trade turístico de Cabo Frio e de empresários, já que há interesse do Consórcio em participar do leilão. Porém, cabe ressaltar, que essa elaboração dos estudos técnicos para a nova concessão do Aeroporto Internacional de Cabo Frio foi feita através de um Chamamento Público aberto a todas as empresas interessadas. Três empresas participaram do Chamamento Público e duas apresentaram estudos técnicos. Na apreciação, ficou escolhido, por maior pontuação, o estudo formulado pelo Consórcio Marazul, que tem a empresa Infra como integrante. Todo o procedimento foi acompanhado, na fase interna, pela Comissão de Concessão do Aeroporto, Procuradoria Geral do Município, Controladoria Geral do Município e o Gabinete do Prefeito, e na fase externa pelo Ministério da Infraestrutura, Secretaria Nacional de Aviação Civil, Advocacia Geral da União e o Tribunal de Contas da União (TCU).
Procurado pelo Dia, o Grupo INFRA explicou que cerca de “77% das receitas do Aeroporto de Cabo Frio provêm do transporte aéreo offshore, que, em um primeiro momento, é quem vai ‘bancar’ toda a melhoria da estrutura do local”.
Ainda de acordo com a empresa, os estudos realizados apontaram para a necessidade da construção de um novo terminal de passageiros, já que, pelas características do terminal existente, a ampliação seria “complicada”.
CONSTRUÇÃO DE NOVO TERMINAL DE PASSAGEIROS
O novo terminal de passageiros, previsto durante os estudos realizados no após o Chamamento Público, foi sinalizada a necessidade da construção de um novo terminal de passageiros no Aeroporto de Cabo Frio. A previsão é que o local tenha cerca de 6 mil metros quadrados, quase o triplo do tamanho atual, para proporcionar conforto funcional dos usuários. O terminal será condizente com a movimentação existente e projetada. Os estudos apontam para três fases de projeto.
Toda a infraestrutura necessária cabe ao poder público. Assim como também, além do novo terminal de passageiros, a infraestrutura portuária e da própria cidade em si, alavancando o turismo.
Dentro do projeto aprovado, os maiores investimentos planejados serão, justamente, no Terminal de Passageiros e na infraestrutura voltada para a aviação civil. Pelo cronograma, fica programado o investimento de R$ 43 milhões no Terminal já em 2024, elevando a dimensão da estrutura dos atuais 1.740 metros quadrados para 6.300 metros quadrados. A segunda fase da ampliação está prevista para 2028, com investimento de mais R$ 15 milhões, quando o Terminal chegará a 8.000 metros quadrados. Sendo assim, o valor total aplicado será de R$ 58 milhões nos cinco primeiros anos.
PREFEITURA PROMOVE AUDIÊNCIA PÚBLICA
Ainda de acordo com a empresa, os estudos realizados apontaram para a necessidade da construção de um novo terminal de passageiros, já que, pelas características do terminal existente, a ampliação seria “complicada”.
CONSTRUÇÃO DE NOVO TERMINAL DE PASSAGEIROS
O novo terminal de passageiros, previsto durante os estudos realizados no após o Chamamento Público, foi sinalizada a necessidade da construção de um novo terminal de passageiros no Aeroporto de Cabo Frio. A previsão é que o local tenha cerca de 6 mil metros quadrados, quase o triplo do tamanho atual, para proporcionar conforto funcional dos usuários. O terminal será condizente com a movimentação existente e projetada. Os estudos apontam para três fases de projeto.
Toda a infraestrutura necessária cabe ao poder público. Assim como também, além do novo terminal de passageiros, a infraestrutura portuária e da própria cidade em si, alavancando o turismo.
Dentro do projeto aprovado, os maiores investimentos planejados serão, justamente, no Terminal de Passageiros e na infraestrutura voltada para a aviação civil. Pelo cronograma, fica programado o investimento de R$ 43 milhões no Terminal já em 2024, elevando a dimensão da estrutura dos atuais 1.740 metros quadrados para 6.300 metros quadrados. A segunda fase da ampliação está prevista para 2028, com investimento de mais R$ 15 milhões, quando o Terminal chegará a 8.000 metros quadrados. Sendo assim, o valor total aplicado será de R$ 58 milhões nos cinco primeiros anos.
PREFEITURA PROMOVE AUDIÊNCIA PÚBLICA
Em 30 de novembro de 2022, a Prefeitura de Cabo Frio promoveu uma audiência pública de modelagem de concessão do aeroporto de Cabo Frio. A sessão teve participação da população e também transmissão ao vivo pela página do Facebook.
TRADE TURÍSTICO PEDE QUE REGRA DA ANAC SEJA SEGUIDA
TRADE TURÍSTICO PEDE QUE REGRA DA ANAC SEJA SEGUIDA
Na manhã da última quarta-feira (25), empresários do trade turístico estiveram reunidos com a Prefeitura Municipal para falar sobre a concessão do Aeroporto e foi transmitida on-line pelo Facebook.
O presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio, Carlos Cunha, comentou que a principal reivindicação do setor é o desejo que o edital siga a regra aplicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que prioriza a avaliação dos participantes das licitações pelo número de passageiros processados.
Dessa forma, de acordo com Cunha, os empresários defendem, em maioria, que a Prefeitura retire a cláusula que diz respeito que o critério seja a quantidade de helicópteros recebidos.
“Como exemplo, a empresa que hoje opera o Galeão não estaria apta a operar nosso aeroporto”, destacou Carlos Cunha.
O LEILÃO DE CONCESSÃO
Pelas regras do leilão, vencerá a empresa que oferecer o maior valor de outorga, com mínimo estipulado a partir de R$ 11 milhões. O fato de uma empresa ter participado da modelação do edital, como o caso do Consórcio Marazul, não constitui nenhum privilégio para o ganho da licitação.
Além disso, a campeã vai arcar com os investimentos na ordem de R$ 143 milhões no Terminal de Passageiros e na infraestrutura geral, como obras na pista, torre de controle e melhorias na rodovia de acesso ao aeroporto.
O Aeroporto Internacional de Cabo Frio foi inaugurado em 1998 e concedido para gestão da iniciativa privada em 2001. Tem a segunda maior pista de pouso do Estado do Rio, atrás apenas do Galeão, é o maior aeroporto do interior do Estado e atua como ‘hub’ logístico para cargas destinadas à indústria petrolífera.
O presidente da Associação de Hotéis de Cabo Frio, Carlos Cunha, comentou que a principal reivindicação do setor é o desejo que o edital siga a regra aplicada pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que prioriza a avaliação dos participantes das licitações pelo número de passageiros processados.
Dessa forma, de acordo com Cunha, os empresários defendem, em maioria, que a Prefeitura retire a cláusula que diz respeito que o critério seja a quantidade de helicópteros recebidos.
“Como exemplo, a empresa que hoje opera o Galeão não estaria apta a operar nosso aeroporto”, destacou Carlos Cunha.
O LEILÃO DE CONCESSÃO
Pelas regras do leilão, vencerá a empresa que oferecer o maior valor de outorga, com mínimo estipulado a partir de R$ 11 milhões. O fato de uma empresa ter participado da modelação do edital, como o caso do Consórcio Marazul, não constitui nenhum privilégio para o ganho da licitação.
Além disso, a campeã vai arcar com os investimentos na ordem de R$ 143 milhões no Terminal de Passageiros e na infraestrutura geral, como obras na pista, torre de controle e melhorias na rodovia de acesso ao aeroporto.
O Aeroporto Internacional de Cabo Frio foi inaugurado em 1998 e concedido para gestão da iniciativa privada em 2001. Tem a segunda maior pista de pouso do Estado do Rio, atrás apenas do Galeão, é o maior aeroporto do interior do Estado e atua como ‘hub’ logístico para cargas destinadas à indústria petrolífera.
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