Policiais civis são presos por extorquir empresários e receberem propina em delegacias de Cabo Frio Letycia Rocha (RC24h)/ InterTV
Publicado 21/09/2023 17:13
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O Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ) realizou a prisão de quatro policiais civis nesta quinta-feira (21) como parte da Operação Achaque. Eles são acusados de associação criminosa e extorsão na Região dos Lagos. A denúncia, aceita pela Justiça, aponta que o grupo recebia propina tanto por Pix quanto em dinheiro vivo, inclusive dentro da delegacia.

Os quatro agentes foram identificados como Alcino Luiz Costa Pereira, preso em uma residência em Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense; Carlos Alberto Imbrahim Rolemberg, detido em casa em São Pedro da Aldeia; Carlos Anderson Bazilio Fontes, preso dentro da Delegacia de Atendimento à Mulher (DEAM) de Cabo Frio; e Sebastião Cotrim de Moraes, capturado em uma residência em Jacarepaguá, na Zona Oeste do Rio.
Policiais civis são presos por extorquir empresários e receberem propina em delegacias de Cabo Frio  - Letycia Rocha (RC24h)/ InterTV
Policiais civis são presos por extorquir empresários e receberem propina em delegacias de Cabo Frio Letycia Rocha (RC24h)/ InterTV
O esquema envolvia abordagens intimidadoras a motoristas de caminhões-pipa e distribuidoras de gás nas ruas, muitas vezes com o uso de distintivos e até mesmo fuzis. Os policiais exigiam dinheiro das vítimas e ameaçavam que apreenderiam os veículos se a propina não fosse paga.

Os valores da extorsão eram recebidos por meio de transferências Pix, registradas nos CPFs dos agentes. Vários comprovantes de pagamento foram recuperados durante as investigações. A denúncia ainda aponta que os policiais negociavam e recebiam propina dentro das Delegacias de Cabo Frio e da Delegacia de Atendimento à Mulher da cidade.

Alcino Pereira já havia sido preso anteriormente no ano passado, na Operação Fim da Linha, que desarticulou uma quadrilha envolvida na cobrança de propina de estabelecimentos clandestinos, como bingos e casas de prostituição, na cidade do Rio de Janeiro.

Durante a ação, registros de conversas telefônicas demonstraram a intimidação utilizada pelos agentes para extorquir as vítimas, reforçando a gravidade das acusações.
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