Publicado 06/02/2024 16:03
CABO FRIO - Cinco cobras foram encontradas em diferentes locais de Cabo Frio, na Região dos Lagos, até esta terça-feira (6), sendo uma delas na UPA de Tamoios. O número, em circunstâncias normais, já é impactante. Neste caso, é ainda maior quando se leva em consideração quando a semana sequer está na metade.
Destas, conforme divulgado, quatro foram resgatadas pela Guarda Marítima e Ambiental da cidade. A última foi encontrada em uma casa no bairro Monte Alegre, quando os agentes foram alertados, através de uma ligação, sobre a presença do réptil no local. Após o resgate, a cobra, da espécie jiboia, foi solta no habitat natural.
Já nesta terça, um morador flagrou a presença de um filhote de jararaca na Praia das Conchas, no Peró. Conforme imagens, o animal, que está na areia, é afastado por uma pessoa com um pedaço de madeira.
Mas os encontros não aconteceram apenas nesta semana. Na última sexta-feira (2), uma jiboia de dois metros assustou moradores do bairro Manoel Corrêa. O animal foi resgatado pela Guarda Ambiental e devolvido ao habitat natural.
A questão que fica é: por que tantas cobras têm surgido nos últimos dias? Diante do questionamento, o Portal RC24h entrou em contato com o biólogo e ambientalista Eduardo Pimenta, para sanar a dúvida. Em resposta, ele explicou que o aparecimento dos animais se dá por conta da tempestade registrada no último dia 29 de janeiro, além das chuvas posteriores.
“Tem uma relação intrínseca, direta, com as inundações. Choveu muito. E essas chuvas acabam fazendo com que cobras, jacarés, que são animais de sangue frio, se desloquem, fugindo desses locais mais frios, mais úmidos”, destacou Pimenta.
Além disso, ele pontua que o curso da água contribui com o aparecimento dos repteis.
“Como também o próprio curso da água, correndo para as partes mais baixas, acaba fazendo com que ela também tenha mais facilidade de deslocamento. Essa é uma percepção que eu sempre vejo. Quando chove muito, aparecem jacarés, aparecem tartarugas, cágados, cobras. Por conta das inundações fazendo com que esses animais se desloquem, saiam dos locais em que eles estão, a princípio, acomodados e que foi inundado”, explica.
Diante do aumento de ocorrências envolvendo o aparecimento desses animais em áreas urbanas após inundações, a recomendação é que os moradores que se deparem com os mesmos acionem a Guarda Marítima e Ambiental através do número 153 e evitem qualquer tipo de captura ou interação com os repteis.
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