Publicado 10/07/2024 14:58
Cabo Frio - O jornalista Alexandre Kapiche, ex-apresentador da Inter TV, afiliada da TV Globo na cidade de Cabo Frio, esteve, nesta terça-feira (9), na Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher (DEAM) da região para dar o depoimento sobre as acusações de assédio feitas por funcionárias da emissora.
PublicidadeEm vídeo publicado, ele apareceu ao lado da esposa, Mayara Rodrigues, e da advogada Dulcilene para esclarecer a situação. “Oi, gente. Saí agora da delegacia, da DEAM, prestei meu depoimento como papel de cidadão, [para] esclarecer tudo. Sou o mais interessado nisso”, afirmou.
“Estou aqui com a Doutora Dulcilene, minha advogada, a May, minha mulher, pra deixar tudo bem resolvido. A gente acredita na Justiça e que tudo vai ser esclarecido na hora certa.”
Nos comentários da publicação, a mãe do jornalista, Marlene Kapiche, mostrou o seu apoio ao jornalista. “Isso filho, acredite na justiça dos homens e principalmente na justiça de Deus. Toda a verdade virá à tona e você vai limpar seu nome e sua imagem. Deus te abençoe”, escreveu ela.
O caso
Alexandre Kapiche foi acusado de assédio por quatro funcionárias da Inter TV, que escreveram uma carta aberta denunciando o crime. De acordo com as mulheres, ele as abraçava de forma inadequada.
“Kapiche dava ‘beijos molhados’, esbarrava com suas mãos em partes íntimas e sempre buscava abraçar ou encostar em colegas de trabalho”, diz trecho da carta obtida pelo F5, site de entretenimento do jornal Folha de S.Paulo.
As funcionárias também acusaram Rolf Danziger, o diretor de jornalismo, de ser conivente com o comportamento de Alexandre. “Com a recorrência dos ataques e a inércia, ou seria complacência, de Rolf Danziger, profissionais da Inter TV começaram a se mobilizar para dar um fim aos abusos de Kapiche”, informa a carta.
A direção de jornalismo da Inter TV decidiu desligar Alexandre Kapiche após pressão interna.
Assédio sexual
O crime de assédio sexual está previsto no artigo 216-A do Código Penal, que o define como “constranger alguém com o intuito de obter vantagem ou favorecimento sexual, prevalecendo-se o agente da sua condição de superior hierárquico ou ascendência inerentes ao exercício de emprego, cargo ou função”.
A pena pode variar entre 1 a 2 anos de prisão, podendo ser aumentada em até um terço caso a vítima seja menor de 18 anos.
Em caso de violência contra a mulher, denuncie
Violência contra a mulher é crime, com pena de prisão prevista em lei. Ao presenciar qualquer episódio de agressão contra mulheres, denuncie. Você pode fazer isso por telefone (ligando 190 ou 180). Também pode procurar uma delegacia, normal ou especializada.
*Com informações do Terra.
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