Setor de ambulânciasReprodução/ Internet
Publicado 20/08/2024 18:12
Cabo Frio - Técnicas de enfermagem de Cabo Frio estão denunciando um suposto assédio por parte de um superior, identificado como M.B.A.. Os relatos apontam que ele, responsável pelo setor de ambulâncias e, segundo o Diário Oficial, lotado como assessor especial II da prefeita, “chama as funcionárias para sair” e, caso receba alguma resposta negativa, “manda o RH demitir”.
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O acusado, segundo o Diário Oficial da prefeitura, assumiu o cargo de assessor do gabinete da prefeita no dia 29 de junho deste ano. Antes disso, M.B.A. atuava como supervisor na secretaria de Planejamento e Desenvolvimento Urbano. Ele, que é casado, já atua em cargos comissionados da prefeitura de Cabo Frio desde 2007.
Conforme uma das denunciantes, “ele dá em cima de todas as técnicas de enfermagem, sempre das mais bonitas”. A conduta teria se repetido com, pelo menos, dez mulheres, sendo sempre o mesmo ‘modus operandi’. “Ele chama [na sala dele], pergunta se é solteira. Se for casada, pergunta como está o casamento, chama para ir almoçar, ou tomar café”, contou a denunciante, que afirma “não aguentar mais passar por essa situação”.
Elas destacaram, ainda, que já denunciaram os ocorridos e que o secretário de Saúde estaria ciente sobre a conduta de M.B.A., entretanto, ele seria “protegido” por uma parente da prefeita e, por isso, nenhuma atitude teria sido tomada. As técnicas pontuaram que não registraram a situação “por medo de serem demitidas, pois precisam do emprego”. “As que não querem sair com ele, ele manda o RH mandar embora. Fora que ele nos manda comparecer nas reuniões da prefeita”, complementou outra suposta vítima.
Diante dos fatos, o Jornal O Dia entrou em contato com o acusado, que negou veementemente as denúncias, afirmando que, na área que supervisiona, “não lida com enfermeiros” e que o fato é “infundado”.
“O responsável é uma outra pessoa. Eu não lido com enfermeiros. Óbvio, as enfermeiras usam as ambulâncias, mas quem lida é uma outra pessoa”, destacou, complementando: “tenho minha conduta tranquila quanto a isso. (…) Pode ser alguém que esteja insatisfeito com alguma coisa que tenha acontecido e está fazendo isso, mas [caso] queira fazer a denúncia, que mostre as provas concretas”.
O Jornal também questionou à prefeitura se a secretaria de Saúde tem ciência dos fatos e quais condutas serão tomadas acerca disso, uma vez que assédio sexual no trabalho ocorre quando o agente usa sua posição de superior hierárquico ou ascendência no local de trabalho para constranger a vítima a conceder-lhe uma vantagem sexual. A conduta é crime previsto no Código Penal brasileiro, com pena de um a dois anos de prisão.
Em nota, a secretaria de Saúde informou que “não tem ciência sobre as tais denúncias, mas que os fatos serão apurados e, caso comprovados, serão tomadas as devidas providências.
Confira na íntegra:
“A Secretaria de Saúde não tem ciência sobre tais denúncias. Esses fatos serão apurados e, caso comprovados, serão tomadas as devidas providências”.
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