Luana Barreto Sales, apontada como a mandante do assassinato foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado. Foto: Silvana Rust.
Publicado 13/07/2021 12:06 | Atualizado 13/07/2021 12:07
CAMPOS - Três acusados de envolvimento na morte da universitária Ana Paula Ramos em Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, foram julgados e condenados à prisão. O quarto réu, apontado como responsável pela contratação dos executores, ainda será julgado. O crime aconteceu em agosto de 2017. O julgamento começou na manhã desta segunda-feira (12) e durou cerca de 20 horas.
A sentença foi lida pelo juiz por volta das 5h48 da manhã desta terça (13). Luana Barreto Sales, apontada como a mandante do assassinato foi condenada a 24 anos de prisão em regime fechado. Também foram condenados os executores da morte da jovem, Werminson Carlos Sigmaringa e Igor Magalhães de Souza, a 17 anos de prisão em regime fechado. As defesas dos condenados pretendem recorrer da decisão.
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Marcelo Henrique Damasceno também envolvido na morte teve o julgamento remarcado. Ana Paula era cunhada de Luana que encomendou o crime ocorrido em uma praça de Guarus. O julgamento dos três réus começou por volta das 12h30 de segunda-feira (12), no Fórum Maria Tereza Gusmão, em Campos dos Goytacazes. Foram a júri popular Luana Barreto Sales, Wermison Carlos Sigmaringa Ribeiro, Igor Magalhães de Souza e Marcelo Damasceno Medeiros, todos acusados do assassinato da universitária Ana Paula Ramos.
Treze testemunhas foram ouvidas, a maioria de acusação. O julgamento chegou a durar 20 horas. Durante todo o tempo, Luana negou as acusações de ser a mandante do assassinato de Ana Paula Ramos. Ela chegou a declarar que sofreu ameaças e coação na delegacia.
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Os pais de Ana Paula Ramos acompanharam o julgamento. “Estou alegre e triste ao mesmo tempo porque eu sei que tudo que for feito vai ser justiça, mas a minha filha não vai voltar mais. Mas eu estou aqui por ela e para ela, porque eu prometi a ela que eu iria até o fim nem que eu estivesse que morrer, porque eu quase morri mesmo. Fiquei em coma por um mês em decorrência de tudo isso, sem solução o médico disse que eu não voltaria mais viva para casa, então, eu falei ‘filha eu vou até o fim’. Hoje eu vou olhar para o céu eu vou dizer que uma página se virou na nossa vida, foi cumprido o que eu pude fazer, agora eu não posso mais. Justiça, mais nada, é o que espero. E confio na justiça, por mais que aos olhos humanos a justiça seja falha, mas para mim não, porque a justiça primeiro vem de Deus e depois do homem da terra”, desabafou Ana Márcia Ramos, mãe de Ana Paula.

A mentora do crime agiu com frieza e tinha ligação muito próxima da vítima. Luana era cunhada de Ana Paula. A condenada pela Justiça preparou uma emboscada junto com os outros três envolvidos para que Ana Paula fosse baleada, simulando um assalto, na ocasião.
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Após quase quatro anos de espera, o júri popular aconteceu sucessivas marcações e transferências da data. Foi uma estratégia dos advogados dos acusados que impetraram vários pedidos judiciais legais que resultaram nos adiamentos.

Antes do julgamento, o advogado da família de Ana Paula Ramos se manifestou. “A gente espera que seja feita a Justiça, porque é o que a família quer. Nós vamos trabalhar somente com a acusação, eu como advogado criminalista assistente da acusação pela família da vítima, espero que seja mantida a íntegra da denúncia, com o homicídio com duas qualificadoras”, afirmou Márcio Marques.
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