Imagem extraída de câmera próxima do local da perseguição mostra a moto debaixo da viatura Foto Divulgação
Publicado 14/04/2022 19:24
Campos - A morte do motoboy Antônio Marcos Barreto Cruz, de 24 anos, durante uma perseguição de agentes da Polícia Rodoviária Federal (PRF), no final da noite desta quarta-feira (13), no bairro de Guarus, em Campos dos Goytacazes, gera revolta entre colegas da vítima, que clamam por justiça. Até manifestação em frente à delegacia do órgão aconteceu nesta quinta-feira (15).
Em nota à imprensa, a PRF diz que “a equipe estava abastecendo a viatura em um posto localizado no quilômetro 63 da BR-101, quando foi alertada por motoristas de que havia uma motocicleta roubada passando pela rodovia naquele momento; a equipe avistou o motociclista e foi atrás para efetuar a abordagem; o motociclista não obedeceu à ordem de parada e fugiu por alguns quilômetros até passar, em alta velocidade, por um quebra-molas”.
De acordo ainda com a nota, o motoboy se desequilibrou e caiu, vindo a se chocar com a viatura. “A equipe acionou o CBMERj (Corpo de Bombeiros) para socorro médico, que após a chegada, atestou o óbito do motociclista; a motocicleta apresentava adulteração de seus sinais identificadores; agentes da 146a DP (Polícia Civil) foram acionados para realizar a perícia no local e estabelecer a dinâmica do acidente”.
Indignados, colegas da vítima afirmam que “Antônio Marcos era chefe de família, um trabalhador, prestava serviços a duas pizzarias da Avenida Pelinca e numa Lanchonete de Açai na Arhtur Bernardes e não mexia com coisa errada”.
Alguns estranham a versão apresentada pela PRF, questionando que, “em gravação extraída de uma câmera próxima do local da perseguição, ouvem-se quatro disparos parecidos com tiros”. Mas a perícia que esteve no local não teria constatado nenhum indício de violência no corpo, que foi removido para o Instituto Médico Legal (IML).
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