Cirurgias aconteceram na tarde desta sexta-feira pela equipe de cirurgiões do hospital Foto César Ferreira/Secom
Publicado 02/09/2022 19:59
Campos - A Saúde de Campos entrou para a história na tarde desta sexta-feira (02). Isso porque foram realizadas, no
A equipe médica do Hospital Ferreira Machado (HFM), em Campos dos Goytacazes (RJ), considera um marco histórico no hospital, a realização, na tarde desta sexta-feira (02), de duas cirurgias endoscópicas, indicadas para tratamentos de hérnias discais e outros distúrbios que atingem a coluna vertebral.
De acordo com a equipe, “trata-se de um método menos invasivo e com menos complicações que uma cirurgia aberta convencional, que implica meses de recuperação no pós-operatório”; o procedimento foi realizado pelo neurocirurgião Arthur Borges, presidente da Fundação Municipal de Saúde (FMS), e pelo neurocirurgião Eduardo Piassi.
“Estamos fazendo história; pela primeira vez, em um hospital público da nossa cidade, foram realizadas as primeiras cirurgias endoscópicas de coluna par retirada de hérnia de disco”, comemora o prefeito Wladimir Garotinho, explicando que os equipamentos vieram de São Paulo através de um acordo de cooperação técnica para atender dois pacientes no Hospital Ferreira Machado.
Arthur Borges resume que as cirurgias foram realizadas por meio de pequena incisão que é introduzida na coluna com uma câmera, iluminação e instrumentos de alta precisão para o alvo do problema, sendo possível a visualização direta por vídeo, enxergando internamente a hérnia e as estruturas nervosas.
Os pacientes são a vendedora Veronica de Souza, de 36 anos, que padecia de fortes dores na coluna que a incomodaram por dois meses; e Alex Sandro da Silva, que sofria com hérnia de disco e foi o segundo a ser operado após ficar internado no hospital por 18 dias.
O neurocirurgião Eduardo Piass comenta que essa cirurgia traz grandes benefícios para os pacientes: “a tendência é que as cirurgias sejam cada vez menores; essa operação endoscópica é considerada minimamente invasiva, onde o paciente tem uma alta hospitalar mais rápida e uma recuperação em casa mais acelerada, ajudando com a retomada das atividades com maior rapidez”.
“Poder oferecer isso em uma rede pública é um avanço para a saúde, um avanço para a população”, destaca o médico, assinalando: “na cirurgia endoscópica o paciente recebe anestesia que pode ser local associada à sedação ou geral; o corte é feito para introduzir a câmera com os instrumentos automatizados que tem em torno de 0,5 centímetros e o procedimento pode durar até duas horas”.
“Já no método tradicional, o paciente é posicionado de bruços na mesa cirúrgica para receber anestesia geral; a depender da doença a ser tratada, o corte na coluna pode variar de 5 a 25 centímetros e, após o problema ser solucionado, o procedimento, ainda, demanda um trabalho de fixação em função do descolamento da musculatura dos ossos”, conclui Eduardo Piass.
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