A manifestação acontece desde a manhã desta quarta-feira e, segundo manifestantes, não tem hora para acabar Foto Divulgação
Publicado 02/11/2022 18:28
Campos – “Intervenção federal já” é o apelo em coro ouvido desde a manhã desta quarta-feira (02), em manifestação pacífica em frente ao quartel do 56° Batalhão de Infantaria do Exército, na Avenida Bartholomeu Lyzandro, no bairro Guarus, em Campos dos Goytacazes (RJ); centenas de pessoas participam, a maioria vestida de verde-amarelo.
Não se sabe quem articulou o movimento, mas é visível o foco na insatisfação quanto ao resultado da eleição presidencial do último domingo (30), com vitória do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT); a justificativa apresentada pelos manifestantes é de que as suspeitas de fraudes são muito fortes.
Em postagens compartilhadas no WhatsApp e declarações no local do ato são apontadas várias suspeitas; uma delas cita “casos de municípios que não teriam registrarado voto algum para o candidato Jair Bolsonaro”.
O Dia apurou que não há hora para a manifestação ser encerrada, embora a chuva esteja provocando esvaziamento; o movimento é considerado espontâneo e um dos integrantes usou uma frase que Jair Bolsonaro utilizou durante a campanha e repetiu no curto pronunciamento que fez nessa terça-feira: “estamos nos manifestando dentro das quatro linhas da Constituição”.
Também foi demonstrada solidariedade ao movimento dos caminhoneiros, que desde a noite de domingo, após o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) ter oficializado a vitória de Lula, vinham bloqueando as rodovias em várias partes do país, obrigando a Polícia Rodoviária Federal (PRF) intervir em alguns, por determinação do Supremo Tribunal Federal (STF).
Os manifestantes evocam o Art. 142 da Constituição Federal que diz, entre outras coisas: “As Forças Armadas, constituídas pela Marinha, pelo Exército e pela Aeronáutica, são instituições nacionais permanentes e regulares, organizadas com base na hierarquia e na disciplina, sob a autoridade suprema do Presidente da República, e destinam-se à defesa da Pátria, à garantia dos poderes constitucionais...”.
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