Defesa Civil inspeciona estrutura de prédio do Hotel Flávio e identifica diversos focos de incêndio

"Local está abandonado há vários anos e foi alvo de um incêndio de grandes proporções no último sábado".

Pascoutto (de camisa quadriculada) esteve inspecionando o local com a equipe técnica da Defesa Civil Foto Sheila Leal/Divulgação
Publicado 22/11/2022 12:02
Campos – O secretário de Defesa Civil de Campos dos Goytacazes (RJ), Alcemir Pascoutto, estará se reunindo com representantes da Secretaria de Obras e Infraestrutura e com a presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico de Campos (Coppam), Maria Auxiliadora Freitas, para definir os desdobramentos das providências em relação ao prédio histórico do Hotel Flávio, que pegou fogo no final de semana.
O local está abandonado há vários anos e vinha sendo utilizado por usuários de drogas e mendigos; a estrutura está totalmente comprometida, tendo sido isolada, havendo necessidade também de isolar um estacionamento e o imóvel vizinhos, devido aos riscos de desabamentos.
Pascoutto, o subsecretário de Defesa Civil Edison Pessanha e uma equipe técnica estiveram nessa segunda-feira inspecionando a estrutura do Hotel, que fica na Rua Carlos Lacerda, no centro da cidade e está tombado pelo patrimônio histórico desde 2013; diversos focos de incêndio foram identificados.
Houve necessidade de acionar o Corpo de Bombeiros. Segundo o secretário, as chamas já tomavam inúmeras peças de madeiras maciças de grandes proporções, “algumas com dimensões de seis metros de comprimento e 50 centímetros de espessura, que formam colunas e vigas do antigo prédio de três pavimentos”.
“Devido ao intenso calor do incêndio, houve dilatação do paredão de cerca de 15m de altura, com o desprendimento dos tijolos para fora da parede lateral, no lado esquerdo do prédio, que caíram no estacionamento, o que levou à interdição”; Pascoutto ressalta que o mesmo teve que ser feito com o imóvel que fica situado do outro lado.
A partir da vistoria pormenorizada, um relatório está sendo elaborado, para a adoção das providências legais cabíveis: “identificamos vários focos de incêndio e acionamos o Corpo de Bombeiros, que debelaram as chamas e fizeram o rescaldo; não cabe à Defesa Civil decidir sozinha pela manutenção do que restou do prédio ou pela demolição”, explica.
As medidas já adotadas pela Defesa Civil são enumeradas por Pascoutto: “renovamos entendimento com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) para manter a interdição do trecho da Rua Carlos de Lacerda, bem como orientamos o acesso restrito ao prédio residencial e a interdição do estacionamento que fica ao lado esquerdo do prédio, porque grandes tijolos, que sofreram aquecimento, estão se soltando e caindo no pátio onde os carros ficam estacionados”.
O secretário acredita que no máximo até essa quarta-feira (23) haja uma definição quanto à medida final a ser adotada em relação ao prédio: “o telhado, dois pisos e paredes internas já foram destruídos pela ação do tempo e pelo incêndio anterior, em 2019, e agora novamente no sábado”, acentua Pascoutto; a reportagem tentou ouvir Maria Auxiliadora sobre a posição do Coppam, mas ela não retornou a ligação.
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), o Hotel Flávio está desativado e é tombado pelo Coppam: “trata-se de um prédio do século XIX que foi construído para residência da nobreza campista; o imóvel pertenceu a familiares do Visconde de Araruama e também abrigou a família do Barão de Itaóca, último presidente da Câmara Municipal do Império, no século XIX”.
A Secom resume ainda que, após abrigar famílias nobres, no século XX, o antigo Hotel Flávio, que funcionava na Praça São Salvador, foi transferido para o imóvel da Carlos Lacerda: “sem manutenção, parte da estrutura em madeira (não havia concreto na época da construção) e da alvenaria começaram a apresentar desgastes pela ação do tempo; o antigo prédio foi tombado pelo Coppam em 12 de setembro de 2013”.
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"Local está abandonado há vários anos e foi alvo de um incêndio de grandes proporções no último sábado".

Pascoutto (de camisa quadriculada) esteve inspecionando o local com a equipe técnica da Defesa Civil Foto Sheila Leal/Divulgação
Publicado 22/11/2022 12:02
Campos – O secretário de Defesa Civil de Campos dos Goytacazes (RJ), Alcemir Pascoutto, estará se reunindo com representantes da Secretaria de Obras e Infraestrutura e com a presidente do Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico de Campos (Coppam), Maria Auxiliadora Freitas, para definir os desdobramentos das providências em relação ao prédio histórico do Hotel Flávio, que pegou fogo no final de semana.
O local está abandonado há vários anos e vinha sendo utilizado por usuários de drogas e mendigos; a estrutura está totalmente comprometida, tendo sido isolada, havendo necessidade também de isolar um estacionamento e o imóvel vizinhos, devido aos riscos de desabamentos.
Pascoutto, o subsecretário de Defesa Civil Edison Pessanha e uma equipe técnica estiveram nessa segunda-feira inspecionando a estrutura do Hotel, que fica na Rua Carlos Lacerda, no centro da cidade e está tombado pelo patrimônio histórico desde 2013; diversos focos de incêndio foram identificados.
Houve necessidade de acionar o Corpo de Bombeiros. Segundo o secretário, as chamas já tomavam inúmeras peças de madeiras maciças de grandes proporções, “algumas com dimensões de seis metros de comprimento e 50 centímetros de espessura, que formam colunas e vigas do antigo prédio de três pavimentos”.
“Devido ao intenso calor do incêndio, houve dilatação do paredão de cerca de 15m de altura, com o desprendimento dos tijolos para fora da parede lateral, no lado esquerdo do prédio, que caíram no estacionamento, o que levou à interdição”; Pascoutto ressalta que o mesmo teve que ser feito com o imóvel que fica situado do outro lado.
A partir da vistoria pormenorizada, um relatório está sendo elaborado, para a adoção das providências legais cabíveis: “identificamos vários focos de incêndio e acionamos o Corpo de Bombeiros, que debelaram as chamas e fizeram o rescaldo; não cabe à Defesa Civil decidir sozinha pela manutenção do que restou do prédio ou pela demolição”, explica.
As medidas já adotadas pela Defesa Civil são enumeradas por Pascoutto: “renovamos entendimento com o Instituto Municipal de Trânsito e Transporte (IMTT) para manter a interdição do trecho da Rua Carlos de Lacerda, bem como orientamos o acesso restrito ao prédio residencial e a interdição do estacionamento que fica ao lado esquerdo do prédio, porque grandes tijolos, que sofreram aquecimento, estão se soltando e caindo no pátio onde os carros ficam estacionados”.
O secretário acredita que no máximo até essa quarta-feira (23) haja uma definição quanto à medida final a ser adotada em relação ao prédio: “o telhado, dois pisos e paredes internas já foram destruídos pela ação do tempo e pelo incêndio anterior, em 2019, e agora novamente no sábado”, acentua Pascoutto; a reportagem tentou ouvir Maria Auxiliadora sobre a posição do Coppam, mas ela não retornou a ligação.
De acordo com a Secretaria de Comunicação (Secom), o Hotel Flávio está desativado e é tombado pelo Coppam: “trata-se de um prédio do século XIX que foi construído para residência da nobreza campista; o imóvel pertenceu a familiares do Visconde de Araruama e também abrigou a família do Barão de Itaóca, último presidente da Câmara Municipal do Império, no século XIX”.
A Secom resume ainda que, após abrigar famílias nobres, no século XX, o antigo Hotel Flávio, que funcionava na Praça São Salvador, foi transferido para o imóvel da Carlos Lacerda: “sem manutenção, parte da estrutura em madeira (não havia concreto na época da construção) e da alvenaria começaram a apresentar desgastes pela ação do tempo; o antigo prédio foi tombado pelo Coppam em 12 de setembro de 2013”.
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