As áreas mais prejudicadas estão recebendo atenção, em trabalho conjunto da Agricultura com Defesa Civil Foto Robson Vieira/Divulgação
Publicado 02/12/2022 13:27
Campos – As chuvas fortes continuam causando transtornos no interior do Estado do Rio de Janeiro; em Campos dos Goytacazes, na região norte, o volume atingiu nas últimas 24 horas 341,3 milímetros (mm), quantidade de esperada para dois meses normais, segundo o secretário de Agricultura, Almy Júnior; a secretaria e o Meio Ambiente estão atuando em conjunto nas áreas mais atingidas.
Nos distritos de Serrinha e Dores de Macabu causou deslizamentos; todos os setores do governo municipal estão mobilizados, para casos de atendimentos emergenciais: “choveu muito, mas estamos em campo, verificando onde há necessidade de intervenção”, afirma Almy Júnior.
Segundo o secretário, as equipes da Diretoria de Infraestrutura Rural da Secretaria de Agricultura iniciaram os trabalhos em Sentinela do Imbé, mas a recuperação e reconstrução de vicinais também estão sendo realizadas em Serrinha e Dores de Macabu: “estamos entrando com as máquinas, onde a água baixou para começaremos com a limpeza e desobstrução das estradas”.
Alguns trechos estão tendo de ser reconstruídos. Embora menos intensa, a chuva continua e a orientação é para que as comunidades fiquem atentas, evitem áreas de risco e busquem lugares seguros para passarem a noite; a prontidão é mantida, mas não há registros de pessoas que sofreram danos físicos em função das chuvas, de deslizamentos ou enxurradas.
Em trabalho conjunto da Secretaria de Agricultura com a Defesa Civil, foi feito levantamento das condições de estradas nas localidades atingidas; em Dores de Macabu, houve o rompimento da Estrada do Macaco e, com as estradas de acesso à Região do Imbé obstruídas por água e lama; 40 famílias estão isoladas, porém, não há desalojados nem desabrigado.
A Defesa Civil mantém contato direto com os moradores, para necessidade de entrega de suprimentos, como água, alimentos e medicamentos, e ainda para garantir atendimento médico, se as águas demorarem a baixar na região, assinala o secretário Alcemir Pascoutto; ele tranquiliza em relação ao atendimento das famílias isoladas na Região do Imbé.
“A Agricultura realiza o trabalho nas estradas, mas se a água demorar muito a baixar no local, temos todo um planejamento para prestar assistência aos moradores, inclusive com pontos secos e seguros para o pouso de aeronave, se houver necessidade”, diz pontuando: “estamos em contato com essas famílias, que, até o momento, não precisaram sair de suas casas”.
De acordo com o diretor de Infraestrutura Rural, Robson Vieira, a Estrada do Macaco rompeu na altura da localidade de Morro da Catarina: “uma enxurrada destruiu completamente parte da pista, impossibilitando o acesso de pessoas ou veículos de um lado para o outro da vicinal”.
Vieira avalia ainda que, na Região do Imbé, além de Sentinela, são verificadas as condições das estradas do Donato, Elesbão e Ribeiro das Pedras, entre outras: “vamos levar máquinas para saber o que poderemos agilizar, porque em algumas teremos de colocar manilhas, em outras recompor partes destruídas e, em outras, promover a desobstrução”.
Na semana passada, a Defesa Civil e a Associação Norte Fluminense dos Produtores de Cana (Asflucan), em parceria, realizaram um
trabalho preventivo, visando minimizar os impactos das fortes chuvas na área urbana de Campos; Almy Júnior observa que a limpeza de canais que drenam as águas dos bairros urbanos reduziu muito o problema de alagamentos.
“A prefeitura de Campos age de maneira preventiva, mas ressalto que o volume de água que caiu ontem e anteontem, notadamente nos distritos de Serrinha e Dores de Macabu, não foi comum e há anos não chove tanto nesses locais em um período tão curto de tempo”, reforça o secretário de Agricultura, garantindo: “agora vamos recuperar as estradas que foram destruídas ou danificadas”.
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