Adriano Moura tem currículo considerado invejável e assumiu a cadeira nº 8, cujo patrono é Flamínio Caldas Foto ACL/Divulgação
Publicado 07/12/2022 14:22
Campos - O dramaturgo e professor de Língua Portuguesa e Literatura,do Instituto Federal Fluminense (IFF), Adriano Moura, passa a ocupar a cadeira nº 8, cujo patrono é Flamínio Caldas, da Academia Campista de Letras (ACL); a solenidade aconteceu na noite dessa terça-feira (06), na sede da entidade, no Centro da cidade de Campos dos Goytacazes (RJ).
Personalidade expressiva no campo lítero-cultural, o novo imortal da ACL tem currículo invejável, ressaltado durante a posse pelo presidente da entidade, Chistiano Fagundes; Moura também foi editor executivo da Essentia Editora do IFF, além de ter estudado as relações intertextuais entre o cinema e a literatura, com foco na Estética da Recepção em pesquisa de mestrado na Universidade Estadual do Norte Fluminense (UENF).
Ao falar sobre seu perfil, em recente entrevista à jornalista da Tribuna de Minas, Marisa Lourdes, Moura definiu o que resumiu no discurso de ontem: "Nunca acreditei muito em inspiração; soa sempre como algo metafísico, sobrenatural ou resultado apenas do universo interno do autor”.
“Escrevo mais sobre o que vejo, escuto, toco do que sobre meu mundo interno”, pontuou em tom poético, o mesmo adotado pelo jornalista Aluysio Abreu Barbosa, incumbido de saudá-lo: “Ser contemporâneo e conterrâneo de Adriano, que fez da literatura a sua profissão, muito além de atividade diletante, me obrigou a ter que trabalhar mais. Não para alcançar a mesma qualidade dos versos, mesmo porque isso sempre será subjetivo. Mas, o esforço de estudo de poesia e teoria literária a que ele involuntariamente me forçou, para dominar os mesmos instrumentos, me fez ser um poeta melhor”.
Em mensagem antecipada, a ex-presidente Arlete Sendra justificou: “Colegas, não estarei presente à posse de Adriano, ex aluno de minhas mais intensas lembranças e saudades. Justifico-me. Aos 88 anos nos tornamos seres de papel: se molhar, estraga. Se amassar, perde o valor no mercado do viver. Entretanto, não posso deixar de nos cumprimentar pelo colega que recebe hoje nosso medalhão. Nós o abraçamos e nos orgulhamos por tê-lo entre nós”. A ACL tem 83 anos e 40 acadêmicos.
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