Na opinião de Garotinho, quem tem conhecimento dos fatos sabe que ele e Rosinha foram injustiçados Foto Divulgação
Publicado 01/07/2023 19:05 | Atualizado 01/07/2023 19:11
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Campos - Ao comentar decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) que anula provas usadas na ação contra ele e sua mulher, Rosinha (ex-prefeita de Campos dos Goytacazes), o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, afirma que “mesmo tardia, a justiça está sendo feita” e assinala: “Quem tem conhecimento dos fatos e separa o joio do trigo, sabe que eu e Rosinha fomos injustiçados”.
A ação acusava a então prefeita Rosinha e o secretário de Governo à época Garotinho de superfaturar contratos entre a prefeitura e a construtora Odebrecht para o programa de moradia popular "Morar Feliz", entre 2009 e 2016. Ambos chegaram a ser presos de manhã e soltos à tarde, em 2019.
A decisão foi do ministro Dias Toffoli, ao entender que “os elementos de convicção derivados do sistema Drousys, que emprestam suporte à ação penal movida contra o requerente, encontram-se nulos, não se prestando, em consequência, para subsidiar a acusação".
O advogado de Garotinho, Rafael Faria, diz que a decisão do ministro “traz a tônica constitucional de como deve ser o modelo probatório em consonância com a constituição". A expectativa de Garotinho é que se a injustiça com foco no “Morar Feliz” já foi reparada, o mesmo acontecerá com as demais ações, quando chegarem ao STF.
“Ainda falta muito, mas chegaremos lá”, admite lembrando que quando Rosinha era prefeita, construiu o maior projeto de casas populares do Brasil: “A proposta era construir dez mil, mas, com a queda no valor dos royalties do petróleo, foram possíveis oito mil e oitocentas”.
As unidades beneficiaram comunidades carentes: “Houve concorrência pública e a Odebrecht venceu; teve problema, o contrato foi suspenso e a empresa entrou na Justiça para tentar receber um aditivo e a armação contra nós veio quando a construtora foi investigada na Lava-Jato”.
O ex-governador reforça que o processo correu, chegou ao STF e está sendo anulado: “O mesmo acontecerá com, os demais; porque fomos acusados e penalizados injustamente e a verdade começa a prevalecer”, enfatiza.
“Nunca respondi a processos da Lava-Jato, todos são de Campos, provocados por motivações políticas”, ressalta Garotinho. Quanto ao futuro político, ele adianta que não tem desejo de participar das próximas eleições municipais; porém, ressalva: “Estou dizendo que não tenho pretensão, mas recebi convites de outros municípios, como Nova Iguaçu, São Gonçalo, Cabo Frio e São João da Barra”.
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