Vitor Vieira tem uma carreira de 25 anos, 12 atuando na cidade do Rio de Janeiro Foto Assessoria/Divulgação
Publicado 06/10/2023 16:17
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Campos - Na terra de Wilson Batista, um dos maiores compositores do Brasil, e de Zezé Motta, cantora e atriz consagrada no país e exterior, o baterista Vitor Vieira, idealizador do projeto Jazz na Segunda, leva jazz e a Música Popular Brasileira (MPB) às milhares de pessoas que passam pelo calçadão da Praia de Copacabana, no Rio de Janeiro.
Todos fazem parte do patrimônio artístico-cultural de Campos dos Goytacazes (RJ). A história de Vitor é interessante. Tudo começou quando criança, em apresentações utilizando uma bateria adaptada pela avó no quintal de casa, até chegar à atuação em musicais da Broadway.
O próprio narra: “A minha falecida avó, vó Nita Balbi, vendo um baterista tocar na televisão, resolveu fazer uma brincadeira colocando latinhas de tintas pregadas nos cabos de vassouras no quintal de casa; quebrou dois galhinhos de caramboleira e deu na minha mão; fez uma bateria de lata para mim e nunca mais parei de tocar”.
O baterista conta que aos 12 anos já se considerava profissional; tinha bateria e ganhava dinheiro tocando com cantores da região e de Campos em musicais e peças de teatro: “Não venho de família de músicos, foi uma coisa divina; Deus iluminou e minha avó acabou fazendo essa brincadeira que deu certo e virou coisa séria”.
Segundo Vitor, há um ano e meio, ele decidiu que mais pessoas tivessem acesso a esse tipo de arte e no intervalo de uma apresentação teve a ideia do projeto: “Recebi apoio dos meus parceiros de shows e toda segunda-feira, das 19h às 22h, quem passa por um dos pontos turísticos mais conhecidos do planeta, pode assistir as minhas apresentações”.
O músico diz que a ideia do projeto surgiu quando ele estava tocando com um casal amigo e vi um potencial no local, um quiosque no calçadão de Copacabana, na altura do posto quatro: “Muita gente passava ali e vi que era um momento interessante de mostrar a nossa música num local tão turístico e a necessidade também de expor a arte”.
SARCEDÓCIO - “Nosso baixista Derval Moraes está fazendo uma turnê na Itália e quem está substituindo é o André Vasconcelos, que já acompanhou Sandy & Júnior e a banda do Djavan durante anos”, enfatiza o baterista realçando que viver da música é um privilégio e desafio diário.
Vitor tem uma carreira de 25 anos, 12 atuando na capital fluminense: “Costumo dizer que é um sacerdócio, porque viver de música nesse país é complexo; a gente não pode dizer que é fácil, porque não é; já acompanhei alguns artistas da versão brasileira da Broadway”.
Entre os espetáculos citados estão Alô, Dolly, saudosa Marília Pêra, que atuou com Miguel Falabella; e A Cor Púrpura: “Trabalhei no Cazuza e Revista do Ano e também com a Fernanda Abreu, Ney Matogrosso, Ed Motta, Gustavo Lins, Zezé Mota e outros”.
O campista também participou de turnê de Luiz Melodia durante dois anos; gravou CD e DVD ao vivo e viajou por todo o Brasil: “Fui para a Europa fazer uma turnê com Dino Rangel; este ano estive na África, atuando em mais um projeto muito bonito e foi uma grande experiência; a música me leva a lugares que se não fosse ela, seria muito mais difícil chegar - em todos os aspectos”.
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