Publicado 20/10/2023 14:23
Campos – Fomentar projetos para a produção de energia limpa e geração de empregos é uma das demandas da Secretaria de Petróleo, Energia e Inovação de Campos dos Goytacazes (RJ), priorizada por iniciativa do governo municipal; a principal motivação é o potencial do município e regional para a produção de hidrogênio verde.
A interação entre os atores começou a ser formatada esta semana, através de reunião de técnicos da secretaria, quarta-feira (18), no Porto do Açu, em São João da Barra, e nessa quinta (19), no Instituto Alberto Luiz Coimbra de Pós-Graduação e Pesquisa de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (Coppe-UFRJ).
O secretário Marcelo Neves e a equipe técnica da secretaria foram recebidos na Coppe pelo professor Paulo Emilio de Miranda, presidente da Associação Brasileira do Hidrogênio (ABH2) e um dos maiores especialistas na questão de produção de hidrogênio no Brasil; ficou definido que nova reunião será agendada com a presença do prefeito Wladimir Garotinho e representantes do Porto do Açu.
“Tivemos uma reunião no Laboratório de Hidrogênio do Coppe muito produtiva, na qual discutimos o futuro do hidrogênio, principalmente para a nossa e cidades da região, como São João da Barra”, avalia Marcelo Neves apontando que Campos está no radar de empresas investidoras em sistemas de produção de energia limpa.
“Com toda essa temática envolvendo a questão do hub de produção de hidrogênio que o Porto do Açu está desenvolvendo, Campos está no radar em função das condições naturais para produção de energia em novas matrizes energética, graças aos ventos frequentes e o nível de irradiação solar”, justifica o secretário realçando: “Estamos focados em toda essa tecnologia que está chegando através do Porto”.
POSSIBILIDADES - O professor Paulo Emílio entende que é bom ter agora Campos despontando com as ações de inovação no Porto do Açu, principalmente no que se refere à produção de hidrogênio: “Existe uma oportunidade muito grande da região se inserir de uma forma privilegiada na transição energética que o mundo vive hoje dos combustíveis fósseis para energias renováveis”.
Emílio reforça que a energia do hidrogênio representa uma possibilidade muito interessante de criação de demanda local e que a inovação com energia limpa gera desenvolvimento e empregos qualificados: “Além de todo o benefício ambiental que existe com um projeto desse tipo, trabalhar numa área tecnológica de ponta proporciona também benefício social muito grande”.
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