Gilson Ramos, Ana Paula, Gilson André e Ana Cláudia são da mesma família e estão sendo procurados Foto Reprodução/MPRJ
Publicado 25/10/2023 17:52
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Campos – Quatro pessoas que vinham praticando estelionato através das chamadas pirâmides financeiras (criptomoedas) estão na mira do Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), em Campos dos Goytacazes. Uma operação chamada “Príncipe do BitCoin” foi deflagrada, na manhã desta quarta-feira (25), no município.
O objetivo da ação era cumprir quatro mandados de prisão e seis de busca e apreensão em endereços ligados a cinco suspeitos de integrarem a organização criminosa; mas ninguém foi preso e todos estão sendo considerados foragidos da Justiça. São eles Gilson André Braga dos Santos, Ana Claudia Carvalho Contildes, Gilson Ramos Vianna e Ana Paula Contildes.
Segundo o MPRJ, são todos membros de uma só família. Há também um pastor evangélico denunciado; trata-se de Fabrício Vasconcelos Nogueira, apontado como sendo quem atuava como trader (pessoa que realiza transações na Bolsa de Valores) investindo no mercado financeiro e captando clientes.
O MPRJ divulga que o pastor é conhecido na região de Campos, “trocava constantemente de carro e realizava viagens rotineiras, como forma de ostentar riqueza e atrair mais vítimas para o golpe". Os procurados estariam agindo desde 2016, tendo feito mais de 40 vítimas, com a promessa de retorno altíssimo e fixo para o investimento aplicado.
O Grupo de Atuação Especializada de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do MPRJ pediu ao Juízo da 2ª Vara Criminal de Campos (e foi atendido) o bloqueio online de valores disponíveis nas contas dos denunciados, até o total de R$ R$ 1.964.815,96 milhões incluindo criptoativos e moedas estrangeiras. O valor será destinado ao ressarcimento às vítimas.
ESTRATÉGIA - O ministério Público explica que a estratégia era por meio de promessa de investimento em criptomoedas e retorno financeiro de 15% a 30% ao mês. A própria empresa abria contas para os investidores e realizava as aplicações no mercado financeiro através das chamadas contas “copy”, que é cópia de outra conta.
A partir de então, era facilitada aos golpistas a realização de investimentos, incluindo compras e vendas de ativos. “Inicialmente, os juros dos investimentos eram pagos, de modo a dar higidez ao trabalho desenvolvido pela A.C. Consultoria; após a celebração de diversos contratos, a empresa emitiu uma nota oficial comunicando que todos os contratos seriam rescindidos”, revela o MPRJ.
A promessa dos estelionatários era de que os valores referentes aos contratos seriam pagos em um prazo de 90 dias, a partir de 1º de dezembro de 2021; porém, não cumpriram e teriam criado outra empresa (Gayky Cursos Ltda), “para dar continuidade ao esquema", enfatiza o MPRJ.
A operação desta quarta-feira foi realizada pelo Ministério Público, por meio do Gaeco/MPRJ, em conjunto com a Coordenadoria de Segurança e Inteligência (CSI/MPRJ); além de equipe da 134ª Delegacia de Polícia Legal do centro de Campos, cuja delegada titular é Natália Patrão.
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