A Polícia Federal iniciou a operação nas primeiras horas da manhã desta terça-feira Foto Terceira Via/Divulgação
Publicado 28/11/2023 11:33
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Campos – A Polícia Federal (PF) cumpriu 18 mandados de buscas e apreensões em Campos dos Goytacazes (RJ), Rio de Janeiro e São Paulo, na manhã desta terça-feira (28), com foco na PreviCampos, no período do governo da ex-prefeita Rosinha Garotinho, um dos alvos da operação Rebote.
Segundo o delegado Wesley Amato, são investigadas supostas irregularidades no sistema previdenciário municipal, que teriam ocorrido, supostamente, no segundo semestre de 2016. A denúncia foi feita pelo também ex-prefeito Rafael Diniz e Rosinha considera “achismo” a motivação.
Rosinha aponta que a justificativa para a ação na sua residência é um absurdo; ela ressalta que o objetivo era recolher algum tipo de documento que tentasse envolvê-la em irregularidades. O documento relata que “aparentemente, a ex-prefeita teria indicado pessoas desqualificadas tecnicamente para a diretoria e o conselho da PreviCampos”.
“Nenhuma indicação ou nomeação para a PreviCampos passa pelo prefeito; a responsabilidade é atribuída a mim porque era eu a prefeita; não há sequer uma assinatura minha”. Rosinha usa próprio termo da autorização à busca para retrucar: “aparentemente, parece achismo; levaram da minha casa um laptop e pen drives com músicas golpes e receitas”.
ATEMPORAL - Uma equipe da PF esteve na casa de Rosinha, no bairro da Lapa, e em outros endereços na cidade e em Guarus. O advogado da ex-prefeita, Rafael Faria, reforça que teria sido imputada a ela a indicação de pessoas desqualificadas tecnicamente para a diretoria e o conselho da PreviCampos.
Faria resume que os fatos apresentados como justificativas para a busca e apreensão teriam ocorridos há aproximadamente dez anos; ele entende a ação de agora como sendo uma intenção de criar constrangimento para a família, classificando o fato de “completamente atemporal”.
O delegado Amato resume que as investigações são sobre os crimes de gestão fraudulenta, peculato e associação criminosa; e que foi identificado um déficit inicial de aproximadamente R$ 383 milhões, “tendo sido esse o motivo que levou às buscas nas residências dos agentes públicos, membros da diretoria da PreviCampos, do Conselho Deliberativo, do Conselho Fiscal e também na empresa de consultoria sediada em Santos, São Paulo”.
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