Publicado 15/12/2023 14:16
Campos – As ações desenvolvidas pelo Centro de Controle de Zoonozes (CCZ) e a atenção especial definida por meio do Programa Municipal de Controle de Vetores (PMCV), garantem a Campos dos Goytacazes (RJ) uma situação epidemiológica da dengue sem tendência de aumento ou fora do padrão.
No entanto, embora o painel de monitoramento do Governo do Estado do Rio de Janeiro tenha divulgado, no último dia 12, os dados satisfatórios, o município segue em alerta e intensificando as ações de combate ao vetor e orientação da população quanto aos cuidados para evitar alta nos casos de arboviroses.
Segundo o coordenador do PMCV, Claudemir Barcelos, o Estado também acaba de informar que há tendência de alta nos casos de dengue para as próximas semanas, “após a identificação do tipo 4 e com o possível surgimento do tipo 3 em território fluminense, o que aumentaria a possibilidade de epidemias e de reinfecção da doença”.
Barcelos explica que em Campos ainda não foi detectado o sorotipo 4, apenas o 1 e o 2: “Por ora, está descartada epidemia na cidade”, assinala o coordenador; porém, ele ressalta que as autoridades em saúde estão em alerta, “principalmente neste período de grande circulação da população local e turistas, podendo facilitar a introdução do sorotipo 4 na cidade”.
“Nesse caso, contamos com o apoio da população para manter os dez minutos semanais de vigilância em casa, e também com a manutenção do trabalho que o agente de combate às endemias realiza nas residências”, apela Barcelos acentuando: “Essa possibilidade existe, mas ainda não temos esse problema por aqui”.
O coordenador pontua que há quatro tipos de vírus da dengue que circulam no Brasil - Denv-1, Denv-2, Denv-3 e o Denv-4: “Eles pertencem à família Flaviridae e são vírus que só contêm RNA, são da mesma família do vírus que causa a febre amarela; ambas as doenças são transmitidas pelo mesmo mosquito, o Aedes aegypti”.
DENTRO DE CASA - Ao comentar o quadro, o diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, reitera que uma possível epidemia pode ser evitada com a ajuda e o apoio da população: “A proliferação em todo o estado era algo que já esperávamos por conta das altas temperaturas, mas podemos evitar isso se a população tomar os cuidados necessários para que a dengue não se prolifere”.
Morales enfatiza que cerca de 80% dos focos estão dentro da casa dos moradores, por isso, contamos com a compreensão da população também: “Além disso, confiamos no trabalho dos nossos agentes e em todos os resultados que conquistamos até agora”.
Dados do CCZ apontam que Campos contabiliza, de janeiro até o momento, 3.094 casos confirmados de dengue, sendo dois óbitos: “Há também 45 de chikungunya; não há confirmação de zika na cidade. Nas próximas semanas será a vez de Goitacazes e Jardim Carioca receberem o mutirão multissecretarial de combate ao Aedes aegypti”, resume Carlos Morales.
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