Wladimir e Bacellar também concordam que deva haver diálogo entre as partes Foto Divulgação
Publicado 22/01/2024 20:54
Campos – Depois de quase 40 dias de polêmica, provocada pela posição do presidente da Câmara Municipal, Marquinho Bacilar, de não colocar em votação a Lei Orçamentária Anual (LOA) 2024 de Campos dos Goytacazes (RJ), a solução para o impasse, alinhavada na semana passada pelo Ministério Público do Estado do Rio de Janeiro (MPRJ), está selada; a matéria será colocada para ser votada na sessão da próxima quarta-feira (24).
A decisão aconteceu nesta segunda-feira (22), na sede do governo municipal, em reunião entre o prefeito Wladimir Garotinho, o vice Frederico Paes, Marquinho Bacellar e os 24 vereadores. “Foi apenas uma reunião para ajustar detalhes, aparar qualquer tipo de aresta que possa vir a ocorrer na audiência pública de quarta-feira e também definir a votação que ocorrerá no mesmo dia”, adianta Wladimir.
A audiência pública acontecerá na parte da manhã, para detalhamento da LOA; enquanto a votação terá início às 17h. “A prefeitura entendeu que, para esse desfecho ser positivo, tinha que ceder em alguns pontos; a Câmara também entendeu isso, para o bem da cidade”, pontua o prefeito.
Wladimir observa que o diálogo, mais uma vez, foi importante: “O diálogo interno na Câmara entre base e oposição também precisa acontecer de maneira mais constante, mais efetiva, porque o que não se resolve no Legislativo acaba explodindo no Executivo. Para isso existe base, para isso existe oposição. É importante ressaltar que não teve perdedor, nem vitorioso e a cidade de Campos é que sai ganhando”.
Marquinho Bacellar concorda que prevaleceu o diálogo: “O entendimento voltou e a população precisa saber disso. A gente conseguiu reabrir o diálogo e esperamos manter assim para termos um ano tranquilo, cada um trabalhando em prol da população; o projeto da LOA começará a tramitar já nesta terça-feira”.
MELHOR AMBIENTE - Bacellar reforça que o importante foi o entendimento entre as partes. “Existe a rivalidade familiar de dois homens à frente de poderes; com nossas atitudes, nossas ações o nível acaba caindo. “Ambos os lados esticaram a corda em algum momento; porém, chegamos ao entendimento, com os 25 vereadores, para melhorar o ambiente na Câmara”.
O pacto de paz entre Executivo e Legislativo já estava desenhado desde o último dia 18, por iniciativa do MPRJ. As promotoras de justiça Anik Rebello Assed (Tutela Coletiva da Infância e Juventude) e Maristela Naurath (3ª Promotoria de Tutela Coletiva), levaram cerca de cinco horas reunidas com Wladimir e Bacellar no dia 18; ambos saíram da audiência falando em “retomada do respeito” e entendimento para que a lei seja votada imediatamente.
“O mais importante é que o respeito voltou, não só entre dois pais de famílias, mas, dois líderes; conseguimos avançar”, comentou Bacellar à imprensa ao deixar a sede do MPRJ. Wladimir pontuou: “Havia riscos de prejuízos incalculáveis, ferindo seriamente o interesse público. ‘Quem cuida de você não dorme’; está muito perto de ser resolvido”.
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