Publicado 01/07/2024 15:15
Campos – A cana-de-açúcar contribui para a elevação da geração de empregos no interior do Estado do Rio de Janeiro. Dois exemplos de destaques são Campos dos Goytacazes e São Francisco de Itabapoana, ambos na região norte fluminense. A expectativa é de que, com início da safra, a empregabilidade ganhe ainda mais força e a economia seja aquecida.
PublicidadeCom base em dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), órgão do Ministério do Trabalho e Emprego, a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan) realça que a agropecuária mostrou força na região, ao levar as duas cidades entre as cinco que mais geraram empregos em maio – Campos em segundo lugar; São Francisco em quinto.
Na última sexta-feira (28) foi iniciada a safra da safra da Cooperativa Agroindustrial de Campos (Coagro), que emprega cerca de três mil pessoas no período; até o final da moagem, em outubro, a estimativa é de que sejam injetados na economia do município cerca de R$ 300 milhões.
Trata-se da 22ª safra da Coagro, com previsão de cerca de 10% a mais de cana-de-açúcar em relação ao ano passado, chegando próximo de um milhão de toneladas, conforme avalia o presidente da usina, vice-prefeito de Campos Frederico Paes, para quem esta deve ser uma safra mais açucareira e haverá possibilidade de ganho maior também para os produtores.
“O açúcar está remunerando melhor e, por isso, a gente pode remunerar melhor o nosso produtor”, admite Frederico ressaltando que a expectativa é de produzir 1,3 milhão de sacos e algo em torno de 30 milhões de litros de etanol, que vão ser comercializados principalmente no estado do Rio”.
O prefeito Wladimir Garotinho participou da solenidade de abertura da moagem, acompanhado da primeira-dama, Tassiana Oliveira. Ele lembra que Campos sempre teve vocação para a cana-de-açúcar: “Chegamos a ter mais de 20 usinas; hoje existem apenas três em todo o estado do Rio, e temos o privilégio de duas estarem no nosso município”.
DIVERSIDADE - Sobre a geração de renda e movimentação financeira proporcionada pelas usinas para Campos, Wladimir contabiliza: “Só a Coagro gera três mil empregos; temos a outra indústria (a Cana Brava, na divisa com São Francisco de Itabapoana) que gera cerca de dois mil empregos. São duas usinas muito importantes para a nossa cidade”.
A influência da safra de cana na geração de empregos em Campos (aumentando a musculatura dos serviços desenvolvidos pelo poder público municipal) e São Francisco é avaliada pelo presidente da Firjan Norte, Francisco Roberto de Siqueira: “Os números mostram a diversidade econômica da região, e consequentemente, nosso potencial em várias frentes”.
Siqueira admite que a expectativa seja que São Francisco também possa diversificar sua economia a partir da inauguração da Ponte da Integração, obra do governo estadual aguardada há 40 anos. No caso dos dados referentes a maio, o presidente lembra que, em Campos, os destaques entre os grandes setores foram serviços (+627), sgropecuária (+572) e indústria (+245).
“Em São Francisco, além de agropecuária (+544), comércio também teve saldo positivo (+88); só as atividades de apoio à agricultura foram responsáveis por 526 vagas”, assinala Siqueira enfatizando: “Campos ficou em segundo lugar e São Francisco de Itabapoana, em quinto; atividade de apoio à agricultura foi uma das que mais abriu postos de trabalho nas duas cidades”.
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