Publicado 12/08/2024 22:20 | Atualizado 12/08/2024 22:34
Campos – “A amamentação é um dos pilares fundamentais para a saúde e o desenvolvimento das crianças, oferecendo benefícios que vão além da nutrição básica, como, por exemplo, o desenvolvimento intelectual do bebê”. A tese é defendida pela médica pediatra e diretora clínica da Unidade Pré-Hospitalar (UPH) Saldanha Marinho, de Campos dos Goytacazes (RJ), Beatriz Rufino.
PublicidadeA manifestação é focada na campanha do “Agosto Dourado”, que simboliza a luta pelo incentivo à amamentação, adotada pela Secretaria Municipal de Saúde que defende o leite materno como a primeira vacina do bebê: “O leite materno é uma fonte rica de anticorpos que ajudam a proteger os bebês de doenças e infecções, além de conter substâncias que promovem o desenvolvimento cognitivo e intelectual da criança”, reforça a médica.
Beatriz Rufino destaca que estudos mostram o leite materno fundamental para o desenvolvimento cerebral dos bebês: “Ele é rico em nutrientes e substâncias, como certos tipos de carboidratos e gorduras, que são essenciais para o crescimento e funcionamento das áreas do cérebro relacionadas à memória, raciocínio e linguagem”.
A diretora clínica do UPH realça que os componentes exclusivos do leite materno atuam diretamente no sistema nervoso central, favorecendo um maior desenvolvimento das regiões cerebrais responsáveis pela inteligência e processamento da linguagem da criança: “Também, desempenha um papel crucial no desenvolvimento físico do bebê”, acrescenta.
RECOMENDAÇÃO - De acordo ainda com Beatriz Rufino, a sucção estimula o fortalecimento dos músculos faciais, contribuindo para o desenvolvimento adequado da dentição, a fala e a mastigação: “A amamentação não só nutre, mas também favorece o desenvolvimento motor oral, o que é essencial para uma alimentação sólida futura e para o desenvolvimento da linguagem”, pontua a pediatra.
A recomendação da médica é que nos primeiros seis meses de vida, o bebê receba exclusivamente o leite materno: “O leite materno é formulado para atender às necessidades nutricionais e imunológicas do bebê em cada fase do seu desenvolvimento; não há um limite rígido para a duração da amamentação, mas após os seis meses, é crucial iniciar a introdução de outros alimentos para garantir uma nutrição completa”.
Outro aspecto apontado é quanto às vantagens que a amamentação proporciona às mães: “Além de reduzir o risco de hemorragia pós-parto, ela está associada a um menor risco de câncer de mama, útero e ovário. Amamentar não só fortalece o vínculo entre mãe e bebê, mas também proporciona benefícios à saúde materna, tornando o período pós-parto mais seguro e saudável”, enfatiza Beatriz Rufino.
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