Publicado 14/10/2024 15:37 | Atualizado 15/10/2024 13:47
Campos – A operação contra o deputado estadual Thiago Rangel (PMB), deflagrada na manhã desta segunda-feira (14), levou agentes da a Polícia Federal (PF), em conjunto com o Ministério Público do Rio de Janeiro (MPRJ), a cumprir mandados de busca e apreensão em vários pontos do município; inclusive Câmara Municipal e prefeitura.
PublicidadeCom foco em suspeita de fraude em licitações, corrupção ativa e passiva, peculato e lavagem de capitais, no município foram cumpridos mandados também endereços residenciais, comerciais e quatro prédios públicos; tendo sido apreendidos documentos, equipamentos eletrônicos e até dinheiro, mais de R$ 160 mil.
A Polícia Federal informa, além do dinheiro, a apreensão também de um Jeep Commander avaliado em R$ 350 mil. Na prefeitura, as buscas teriam sido sobre relacionamento de Rangel com a presidência da Empresa Municipal de Habitação (Emhab) quando vereador.
Já no caso da Câmara, tem a ver com o mandato dele no parlamento municipal. No desdobramento das motivações, o parlamentar aparece como suspeito de ter sido mentor de esquema criminoso de contratações diretas, por meio de dispensa fraudulenta de licitação, de empresas ligadas a ele.
Embora o inquérito policial em Campos esteja sendo presidido pela Delegacia Regional de Polícia Judiciária e pela Delegacia de Polícia Federal do município , as informações estão centralizadas na comunicação social da PF do Rio de Janeiro.
ESCLARECIMENTOS - Por meio de nota, a prefeitura de Campos dos Goytacazes esclarece que não é alvo de investigação. Realça que apenas acompanha e colabora com a Polícia Federal na apuração das denúncias contra o deputado estadual.
“Mandados de busca e apreensão foram cumpridos não somente na sede da prefeitura, mas em diversos endereços no estado do Rio de Janeiro”, pontua concluindo: “A prefeitura reafirma o compromisso com a transparência e a responsabilidade na gestão pública, se colocando à disposição das autoridades”.
Também a Câmara Municipal se manifesta através de nota; confirma que a Polícia Federal cumpriu mandado de busca apreensão nas dependências do prédio público: “O material apreendido está relacionado ao período de 2021 e 2022”, informa fechando o texto.
No período em que Thiago Rangel era vereador Fábio Ribeiro presidia o Legislativo. Ele afirma que o parlamentar tinha um relacionamento normal com a mesa diretora, da qual não fazia parte. Quanto à investigação, Ribeiro diz que todos os processos licitatórios na Casa eram realizados pelo setor competente, observada a legislação vigente.
O ex-presidente ressalta que as contas na gestão dele foram todas aprovadas: “Mas isso não impede a investigação; que é salutar para o processo republicano”. Sobre a possibilidade de Rangel (proprietário de postos de combustível) ter sido fornecedor do Legislativo, Ribeiro observa: “A legislação não permite que vereador tenha envolvimento comercial com a Câmara em que exerça mandato”.
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