Por meio de mutirões, o CCZ intensifica trabalho no combate aos focos de proliferação do Aedes aegypti Foto Cássio Peixoto/Divulgação/Secom
Publicado 04/11/2024 17:40
Campos – “De nada adiantam as ações do poder público se a população não fizer, também, o seu trabalho, como evitar acúmulo de água nas casas, onde estão 80% dos focos do mosquito”. O alerta é do infectologista e diretor da Subsecretaria de Vigilância em Saúde de Campos dos Goytavazes (RJ), Rodrigo Carneiro. Ele ressalta a importância da parceria da população no combate ao Aedes aegypti.
Publicidade
Entre as medidas preventivas, Carneiro aponta não deixar caixa d’água destampada; os vasinhos de planta com água parada; lixeiras descobertas que contenham água; além de evitar jogar lixo em terrenos baldios e manter sempre as calhas limpas e desobstruídas para evitar o acúmulo de água: “As medidas de prevenção da dengue devem ser contínuas ao longo do ano, não se limitando apenas ao combate à água parada”.
O infectologista pontua que o lixo em terrenos baldios também contribui para a proliferação do mosquito: “A percepção da população tende a diminuir quando os casos de dengue caem, assim como acontece com as vacinas. Portanto, é crucial manter os cuidados e hábitos de higiene ambiental o tempo todo para reduzir o número de casos de forma efetiva”, destaca realçando que a dengue é uma doença infecciosa aguda transmitida por meio da picada do Aedes aegypti, que se reproduz em água parada.
“Com o aumento das chuvas, é fundamental adotar medidas de prevenção para proteger a saúde de toda família”, enfatiza Carneiro acentuando que o município já faz esse trabalho com os mutirões: “Mas a população precisa ficar atenta; também certificar-se de que as piscinas estejam sempre tratadas e cobertas quando não estiverem em uso”.
PELA PREVENÇÃO - Outras medidas recomendadas pelo médico é a aplicação de repelentes na pele exposta, especialmente ao amanhecer e ao entardecer, quando os mosquitos estão mais ativos; roupas protetoras, como camisas de mangas longas e calças para reduzir a exposição da pele, além de monitoramento dos sintomas da dengue, como febre alta, dores no corpo e de cabeça, dor atrás dos olhos, manchas na pele, entre outros.
O diretor do Centro de Controle de Zoonoses (CCZ), Carlos Morales, assinala que o órgão vem promovendo ações de prevenção e combate ao Aedes aegypti, responsável também pela transmissão da zika vírus e chikungunya: “Com a chegada do verão, favorece a proliferação do mosquito”,
Reforçando observação de Rodrigo Carneiro, Morales relata que a responsabilidade de manter os ambientes limpos recai sobre cada proprietário, e o poder público está comprometido em realizar visitas e campanhas educativas para informar a população sobre como se proteger: “Por isso, é de extrema importância que a população abra sua casa para nossos agentes”, orienta.
Leia mais