Publicado 06/11/2024 22:45
Campos - A pressão colocada pelo prefeito de Campos dos Goytacazes (RJ), Wladimir Garotinho - anunciando que a prefeitura retiraria, nesta quarta-feira (6), obstáculos colocados pela Arteris Fluminense em um trecho da BR 101 (Campos/Rio de Janeiro), no Shopping Estrada, próximo ao Sest/Senat - surtiu efeito. As partes se reuniram e chegaram a um entendimento para amenizar o transtorno causado pela iniciativa da concessionária, considerada “barbeiragem” pelo prefeito.
PublicidadeA reunião aconteceu nesta quarta-feira na sede da Arteris, envolvendo Wladimir; o diretor-superintendente da Arteris Fluminense, Helvécio Tamm; Welton Peixoto da Silva, chefe da 8ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF) em Campos; subsecretário de Mobilidade, Sérgio Mansur; secretário municipal de Ordem Pública, subtenente Jackson Souza; e o comandante da Guarda Municipal, Wellington Levino.
Os bloqueios têm limitado a entrada e saída dos moradores do bairro e das pessoas que acessam o local. A Arteris convenceu da necessidade de manter o trânsito no local sob controle, com base em dados da PRF de que os acidentes no trecho diminuiram. Porém se rendeu aos argumentos de Wladimir da necessidade de alternativas que não causem prejuízos.
“Como medida emergencial, foi definida a colocação de tachões (redutores de velocidade) em frente à saída do Shopping Estrada, para garantir que os veículos consigam sair da rodoviária em segurança”, resume o prefeito acrescentando que também será providenciada nova saída do Shopping Estrada nas proximidades da concessionária de automóveis Honda, em frente ao antigo Trevo do Índio.
“A prefeitura se manifestou sobre os bloqueios, porque as mais de mil famílias que residem naquela região acharam que foi uma medida adotada por nós, o que nem seria possível, porque se trata de uma rodovia federal”, justifica Wladimir reforçando: “Junto a Arteris, estamos buscando soluções para minizar o impacto no local”.
TRECHO COMPLEXO - A proposta do prefeito é que a solução seja imediata. Helvécio Tamm alega que a concessionária passou por um processo de evolução amigável, que começou em 2021 e se estendeu até 2023, quando o governo federal criou um programa de repactuação: “Na semana passada, o Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou, por unanimidade, o programa apresentado pela Arteris, com algumas condicionantes, cujas respostas já estão sendo preparadas”, realça.
O diretor relata: “Em função da repactuação, a gente está com os investimentos paralisados, mas sabemos que vão existir duplicações de rodovias, construção de passarelas e, muitas coisas serão resolvidas a médio e longo prazo, inclusive esse problema que estamos tratando”.
Já Welton Peixoto diz que a PRF é muito cobrada na questão de fluidez do trânsito, segurança viária e prevenção de acidentes. “No nosso trecho, o mais complexo é o que fica entre a Tapera e o Shopping Estrada, que vinha registrando alto índice de acidentes. Não queremos prejudicar ninguém; mas, tínhamos que resolver o problema que eram os acidentes. Essa obra era para ter acontecido antes das eleições, só que decidimos esperar”.
Segundo Peixoto, o setor de segurança viária aprovou o projeto e foi feito. O chefe da PRF Campos alega que um mês de experiência é muito pouco tempo para trabalhar estatística: “Porém, houve uma redução de 62% no número de ocorrências naquele trecho após o bloqueio”, assegura.
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