Publicado 18/11/2024 10:41
Campos - Responsável por mais de 124,1 novas vagas de trabalho no Brasil de janeiro a setembro deste ano, um aumento de 4,6%, o setor logístico ocupa terceiro lugar no ranking em Campos dos Goytacazes (RJ), transformando o município em pólo, respondendo por 20% da massa de salários. Os dados são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego (MTE).
PublicidadeO e-commerce é que tem potencializado o crescimento deste setor, tanto no mercado nacional como no internacional e o Caged ressalta que, atualmente, as compras on-line vêm ganhando cada vez mais espaço em todo o Brasil, contribuindo para o incremento do setor. O economista Ranulfo Vidigal, diretor de Indicadores Econômicos e Sociais da Secretaria de Desenvolvimento Econômico, pontua que entre os fatores que contribuem para que Campos se destaque, estão a localização estratégica e proximidade com grandes centros industriais da região.
“Quando se quer identificar setores que impulsionam uma economia local, é natural que se tenha como parâmetros a massa salarial dos setores mais importantes de uma cidade”, explica Vidigal assinalando que, no caso de Campos há um diferencial relevante, fazendo um comparativo resumido que retorça a sua observação.
“Em Campos, se tem um quadro bastante interessante porque é uma cidade em que setores como saúde e serviço social são muito importantes, além da indústria de transformação, principalmente no período da safra da cana-de-açúcar, e o comércio”, cita o economista destacando que no município lideram a massa salarial, os empregados no setor público, englobando servidores municipais, estaduais e federais.
O contingente de empregados nas plataformas petrolíferas que moram na cidade também é relacionado por Vidigal, que acrescenta: “O setor de logística, transporte e armazenamento, que inclui alojamentos e outros itens, responde em Campos por 20% da massa anual de salários e é praticamente o terceiro setor da economia local”.
EMPREGABILIDADE - O setor de construção civil, por exemplo, tem 18% da massa de salários. O setor das atividades científicas, que são os professores universitários, tem 10% da massa de salários e o de saúde, indústria e comércio tem 7%”, realça o economista, justificando que a explicação para essa colocação é a boa média salarial praticada por esses setores em comparação com o restante da força de trabalho que atua na cidade.
“Para o futuro, a tendência é de mais incremento em função da localização de Campos. Além de ser cortada pelas BRs-101 e 356 e a proximidade com Macaé, polo petrolífero, e o Porto do Açu, em São João da Barra”, destaca o diretor de Indicadores Econômicos, ao apontar que o setor logístico inclui uma estrutura de espaços de armazenamento (galpões), transporte e centros de distribuição.
“Além disso, é um setor que vem contratando diferentes faixas etárias e abrindo espaço para mulheres. No país, houve um salto na contratação de mulheres no setor, que passou de 19% para 30% este ano”, acentua Vidigal. Até setembro, este ano, Campos gerou 4.844 empregos com carteira assinada.
De acordo com o Caged, no norte do estado do Rio de Janeiro, o município só fica atrás de Macaé, onde estão instaladas empresas ligadas ao setor petrolífero, com 6.762 empregos formais. Na região, foram 11.040 empregos e no Estado do Rio de Janeiro 139.378 empregos com carteira assinada.
Leia mais
Comentários
Os comentários não representam a opinião do jornal e são de responsabilidade do autor.