Publicado 19/12/2024 19:29 | Atualizado 19/12/2024 19:30
Campos - Após invadir fazendas no Rio Grande do Sul e áreas da Estrada de Ferro Carajás, no Pará, no início deste mês, o Movimento Sem Terra (MST) estaria rondando terras possuídas por produtores rurais em Campos dos Goytacazes, maior município do estado do Rio de Janeiro, com 4.032 quilômetros de extensão territorial.
PublicidadeO caso foi parar na justiça, com medidas protetivas definidas contra invasores. Proprietários de terras das Fazendas Maruí e Almada, no distrito de Serrinha, ao sul do município, recorreram ao juízo da 5ª Vara Cível de Campos, temendo pelas ameaças de invasão e encontraram respaldo.
Na última terça-feira (17), o juiz Marcello Sá Pantoja Filho concedeu liminar à Ação de Interdito Proibitório, proibindo três réus nominados no processo, e quaisquer outras pessoas, de invadir as propriedades. O magistrado estipulou multa diária com valor inicial de R$ 5 mil a até R$ 50 mil no caso de invasão, para cada invasor.
A decisão está embasada no artigo 567 do Código do Processo Civil (CPC), que diz: “O possuidor (proprietário/arrendatário) direto ou indireto que tenha justo receio de ser molestado na posse poderá requerer ao juiz que o segure da turbação ou esbulho iminente, mediante mandado proibitório em que se comine ao réu determinada pena pecuniária caso transgrida o preceito”.
Também são evocados os termos do artigo 1210 do Código Civil/02, que estabelece: “O possuidor tem direito a ser mantido na posse em caso de turbação, restituído no caso de esbulho, e segurado de violência iminente, se tiver justo receio de ser molestado”. As fazendas Maruí e Almada são de propriedade da Companhia Açucareira Usina Cupim.
As áreas estão arrendadas a produtores rurais que receiam invasão. Nas proximidades existe um acampamento do MST (no quilômetro 104 da BR-101) no limite da Fazenda Maruí/Almada. No dia 15 de abril ocorreu uma investida do MST em Campos. Porém, medida judicial e a Polícia Militar impediram que uma propriedade no distrito de Morro do Coco, fosse invadida.
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