Fernando Mansur: Precisa-se de exemplos

O tempo passa, olhamos em volta e buscamos exemplos que nos inspirem a viver e sonhar. Onde estão os grandes líderes que guiam seus povos na direção de um destino melhor e mais promissor, especialmente em épocas de grandes desafios, que requerem almas nobres?

Olhamos para o mundo e não enxergamos a inspiração que possa elevar o padrão de nossas expectativas. Os líderes estão acovardados, submissos, comprometidos com uma ordem injusta de valores e de interesses. O idealismo é uma moeda rara. O comércio prevalece nas relações humanas.

Onde é que a criança e depois o adolescente vão buscar abrigo para seus medos e desilusões? Os sistemas de emprego levaram homens e mulheres a se afastarem de casa por um tempo excessivo. Os filhos estão perdidos, carentes de exemplos edificantes, de histórias, de mitos, de símbolos. A família está à deriva.
Os mais velhos são relegados a uma condição descartável, abdicados de seu poder de ajudar com os valores de sua valiosa experiência, sem apoio e a devida e merecida reverência.

Tempos invertidos, multidões desnorteadas, massa de manobra, iludidas com pretensões de liberdade. Estamos presos em um jogo limitante de polaridades, onde se é obrigado a escolher entre dois extremos. Como encontrar o caminho do meio? Buscando sem receio, perseverando, sabendo que no início pode custar e doer, mas valerá se achamos que vale a pena transcender. Podemos. Tentemos. Vamos!