Fernando MansurO DIA
Publicado 19/03/2023 06:00
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O filósofo Sêneca nasceu na Espanha (4 a.C.) e morreu em Roma, no ano 65 da era cristã. Foi considerado o homem mais sábio de seu tempo e produziu uma obra rica e volumosa. Sobre a vida feliz (editora Nova Alexandria) é um de seus pequenos grandes livros, em que reflete sobre a brevidade da existência e o que vale a pena priorizar.
Escreve ele: “É feliz quem tem o juízo reto; é feliz quem está contente com a sua sorte atual, seja ela qual for, e ama o que tem; é feliz aquele para quem a razão é que faz valer todas as coisas de sua vida.”
É salutar escapar do lugar comum das preocupações usuais desse tempo e tentar nos aproximar dos valores essenciais pregados pelos sábios: “Quem tirar as riquezas do sábio deixar-lhe-á todos os seus bens, pois ele vive feliz com o presente, e despreocupado quanto ao futuro.”
Sêneca cita Sócrates, de quem era grande admirador: “Nada é mais forte em mim do que não subordinar o meu gênero de vida à opinião de vocês. Façam chover de todos os lados os gracejos habituais, eu não acharei que vocês estão me insultando, mas que estão vagindo como pobres recém-nascidos.”
Volta Sêneca: “É isso que dirá aquele que teve por quinhão a sabedoria, cuja alma, liberta dos vícios, ordena que ele repreenda seus semelhantes, não por ódio, mas para que lhes sirva de remédio”.
Sócrates complementa: “Vocês não me fazem nenhuma injúria, assim como não a fazem aos deuses aqueles que derrubam seus altares”. Fazem-no a si mesmos. Admiremos a virtude, sugere Sêneca, e sempre que ouvirmos menção àqueles que a professam, que façamos profundo silêncio, como respeito e reverência. Vamos!
Fernando Mansur
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