Publicado 24/09/2022 06:00
Honestamente: a maioria de nós, se pudesse, não apagaria algumas situações já vividas? O problema é que tudo o que está escrito na nossa mente não pode ser apagado, não pode ser anulado. Não podemos apagar nossa história, mas existe uma saída: podemos reescrevê-la.
Existem dois momentos que podemos reescrever a nossa vida, segundo o Edvaldo Kulshesky. O primeiro, é quando começamos a reescrevê-la nesta encarnação através do perdão, da tolerância, da compreensão, do reconhecimento que erramos e evidenciar que queremos reparar o erro. O outro momento é em nova encarnação.
Existem muitas ocorrências ruins que se originaram nesta encarnação, muitas coisas que causaram mágoas, desentendimentos, ingratidões. E com certeza, se tivéssemos outra oportunidade, escreveríamos de outra forma. Aproveitemos a oportunidade, contudo, para começar agora a reescrever essa história. Não é preciso ficar anos e anos sofrendo, esperando nova encarnação, destaca Kulshesky. Para isso, vamos entender como é preparada a nossa volta numa nova vida.
Quando estávamos preparando a nossa encarnação, tínhamos noção de todas as nossas imperfeições, sabíamos que a nossa volta para uma vida física tinha que ser a mais proveitosa possível para a nossa evolução. Então, pedimos aos espíritos encarregados de elaborar os planos para a encarnação que nos ajudassem. Eles sabiam que precisávamos treinar muito a paciência, a tolerância, a compreensão, a humildade e o perdão, por isso, nosso destino seria o lar de pessoas muito especiais, que nos demonstrariam como praticar as virtudes que tanto necessitávamos. E esses mestres nada mais são aqueles que chamamos de marido, esposa, filhos, pais, amigos, irmãos, patrão, empregado, colega de trabalho e vizinho.
Quando estávamos preparando a nossa encarnação, tínhamos noção de todas as nossas imperfeições, sabíamos que a nossa volta para uma vida física tinha que ser a mais proveitosa possível para a nossa evolução. Então, pedimos aos espíritos encarregados de elaborar os planos para a encarnação que nos ajudassem. Eles sabiam que precisávamos treinar muito a paciência, a tolerância, a compreensão, a humildade e o perdão, por isso, nosso destino seria o lar de pessoas muito especiais, que nos demonstrariam como praticar as virtudes que tanto necessitávamos. E esses mestres nada mais são aqueles que chamamos de marido, esposa, filhos, pais, amigos, irmãos, patrão, empregado, colega de trabalho e vizinho.
Pela reencarnação, nossos espíritos, ainda necessitados de entendimento, têm que ter uma nova oportunidade de reparar os danos de vidas passadas. Repare que as pessoas de difícil convivência que encontramos ao longo da vida, são os que precisam da gente para reescrever a sua história. Não é fácil quando nos exigem paciência e resignação, lembra Kulshesky. Invés de nos queixarmos, devemos agradecer por podermos reescrever a história de uma vida: a nossa ou a de alguém. Sob esse ponto de vista, vemos que as dificuldades de relacionamento se tornam menos amargas.
O que as pessoas mais espiritualizadas ouvem são as palavras amor e caridade. Esses dois sentimentos significam indulgência para as imperfeições dos outros e perdão das ofensas. Apesar de ser, as vezes, difícil ser indulgente, quem pratica a benevolência, quer bem a todas as pessoas porque é bem intencionado, é bom, é tolerante, é compreensivo, consegue perdoar.
Só que perdoar nem sempre é muito fácil. Uma das maneiras de perdoar é ser dotado de uma profunda generosidade, quase misericórdia, esquecendo as ofensas, evitando ferir o amor-próprio do semelhante. A outra forma é quando o ofendido impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Com certeza, isto não é benevolência.
Só que perdoar nem sempre é muito fácil. Uma das maneiras de perdoar é ser dotado de uma profunda generosidade, quase misericórdia, esquecendo as ofensas, evitando ferir o amor-próprio do semelhante. A outra forma é quando o ofendido impõe ao outro condições humilhantes e lhe faz sentir o peso de um perdão que irrita, em vez de acalmar. Com certeza, isto não é benevolência.
Vamos a um exemplo: suponhamos que quando jovens, adolescentes, tenhamos sempre discutido intensamente com nossos pais, irmãos ou parentes ou amigos. Suponhamos ainda que ofendemos muito a essas pessoas, de forma agressiva, machucando-os tanto, que esses fatos marcaram nossas vidas.
E aí é que vem o mais difícil. Vamos imaginar que tenhamos nos arrependido do que fizemos, mas não conseguimos pedir perdão para essas pessoas. Pior: suponhamos que por uma infelicidade, uma das pessoas que tanto magoamos acabou falecendo, sem dar tempo de nos desculpar ou pedir perdão. Certamente isto está marcado na história de nossas vidas, causando muito remorso.
O consolo é que quando éramos adolescentes, não tínhamos a visão que temos hoje. Não tínhamos noção de que aquilo causaria tanto mal para nossos pais, irmãos, familiares e amigos, salienta Edvaldo Kulshesky. É claro que se tivéssemos mais informações, mais conhecimento, não faríamos aquilo, não magoaríamos aquelas pessoas do jeito que nós as magoamos.
E agora? E agora que temos esse conhecimento, porque continuamos vivendo com remorso, angustiados? Como resolver essa situação que tanto nos atormenta? Só tem um jeito: deixar o orgulho de lado e reescrever essa parte da nossa história. Não dá para esperar mais, temos que seguir em frente, pedindo perdão para quem ofendemos, para quem fomos agressivos. E isso vale até mesmo para as pessoas já desencarnadas, porque eles continuam vivendo e vão nos ouvir.
E é impossível não encerrar com as palavras do nosso inesquecível Chico Xavier: “Embora ninguém possa voltar atrás e fazer um novo começo, qualquer um pode começar agora e fazer um novo fim.”
Tanya Nunes
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