alem Arte Paulo Marcio
Publicado 19/11/2022 06:00
O que é a prece? Para a maioria, uma conversa com Deus, santos ou espíritos, que funcionará melhor se quem a fizer possuir bons sentimentos. A prece faz bem, nos beneficia espiritualmente e aos que nos cercam. Preces funcionam quando são realizadas de forma sincera.

Como destaca Edvaldo Kulshesky, a prece é a manifestação espontânea e pura da alma. Esta é a razão porque preces decoradas nem sempre são tão eficazes quanto àquelas que vocalizamos de forma improvisada, usando palavras recheadas de fé, que saem de nossos corações e mentes.
A prece pode ser uma fonte de regeneração, facilitando o auxílio em razão das energias benéficas. A prece, desde que represente uma manifestação honesta dos nossos sentimentos, pode ser classificada como prece de pedido, prece de reconhecimento e a prece de louvor. A prece de pedido é aquela em que solicitamos alguma coisa.
Pedir é recorrer a Deus e aos espíritos de luz mais equilíbrio, força, paciência, discernimento e coragem para lutar contra as forças negativas, diz Kulshesky. Quando o pedido for do seu próprio interesse, pede-se condições e forças para superá-los e com eles aprender alguma coisa.

Na maioria das vezes, pedimos o que não se deve pedir. É um equívoco pedir o fim do sofrimento, do problema ou da dor, porque pode ser que, as vezes, o remédio esteja no sofrimento. E só porque ele é amargo, não deixamos de nos beneficiar com isso.
Já a prece de reconhecimento é feita com o objetivo de agradecer as bênçãos que recebemos, e que nem sempre sabemos reconhecer. Ou não é verdade? Agradecemos pela vida? Pela saúde, pela família, pelos amigos, pelo trabalho? Deixamos de observar tudo que nos cerca e de lhe dar o devido valor, quando nos preocupamos somente com problemas materiais.

A terceira categoria é a prece de louvor, que é o reconhecimento a Deus por tudo que Ele criou. É a nossa aceitação e reconhecimento por tudo que nos rodeia.

Em todas as religiões, no início das reuniões se faz uma prece. O objetivo visa o ambiente espiritual, para que ele se torne favorável às pessoas para que elas adquiram um padrão vibratório criando condições de receber os fluídos preparados pela espiritualidade. E como fazer isso? Antes de mais nada, temos que fazer com que as vibrações de todos os presentes se elevem e se equalizem a um nível de equilíbrio, segundo Kulshesky. Os espíritos certamente fazem a parte deles, mas nós, encarnados, temos um papel muito importante nesta etapa.
Para isso, é fundamental o compartilhamento de energias, boas e não tão boas. As pessoas mais harmonizadas, as que tiveram um dia mais tranquilo, devem dividir suas energias salutares com os demais que estejam com suas energias debilitadas, por terem tido um dia conturbado. Assim, todos entram em sintonia com os espíritos elevados presentes. No término das reuniões também se faz uma prece, visando agradecer as bênçãos recebidas durante a reunião.
No processo da irradiação, transmitimos aos outros - via força mental -, a carga que desejamos doar. A irradiação se faz à distância, projetando o nosso pensamento e sentimentos em favor de alguém. A pessoa que irradia o passe ou a prece deve cultivar bons sentimentos, bons pensamentos e bons atos. Assim, forma-se uma atmosfera espiritual positiva, criando uma sintonia vibratória de fluidos saudáveis que serão dirigidos para outras pessoas.

Por outro lado, o paciente deve se preparar espiritualmente para receber as vibrações da prece e dos passes. Os espíritos terapeutas enfrentam sérias dificuldades no serviço de socorro aos pacientes, incluindo aqueles cujos nomes constam no livro das casas religiosas.

É fatal o desequilíbrio mental do ambiente onde eles atuam, sem falar no estado psíquico dos próprios doentes. Às vezes, o paciente tem a mente saturada de fluidos sombrios devidos a conversações maledicentes. Ou então, é possuidor de uma excitação nervosa devida, por exemplo, a um forte aborrecimento anterior.
Outras vezes, os fluidos irradiados pelas preces chegam até aos lares dos enfermos, mas encontram o ambiente carregado de fluidos negativos, quase agressivos, oriundos de discussões ocorridas entre os seus familiares.
A água fluidificada existe em muitas religiões pelo mundo inteiro. Quase todo mundo sabe que a água é um excepcional condutor fluídico, refletindo o teor e as vibrações normais daqueles que dela se servem. A própria Ciência terrestre reconhece que a água é um excelente condutor de energias. A sua simbologia está presente em quase todas as iniciações religiosas, com o significado de limpar o homem de seus erros.
A água é um dos corpos mais simples e receptivos da Terra. A água fluidificada expande os átomos físicos, ocasionando a entrada de átomos espirituais. A água fluidificada expande os átomos físicos, ocasionando a entrada de átomos espirituais ainda desconhecidos e que servem para ajudar a nossa cura.
Existem procedimentos para a fluidificação da água. Recebendo a água para fluidificar, o médium utiliza-se dos recursos dos próprios médiuns passistas, da natureza vegetal e fluídica. Com isso, surgem as combinações medicamentosas para o alívio e até a cura de enfermidades. Havendo no grupo algum médium dotado do dom da cura, ele poderá também fluidificar a água, bastando direcionar suas mãos em direção ao vasilhame com água e projetar os próprios fluidos.
Não é necessário abrir os recipientes com água para fluidificação, uma garrafinha d’água, por exemplo. Para as energias radiantes, a matéria não representa obstáculo. Os fluidos saudáveis, manipulados pelos espíritos, atravessam-na com facilidade. Ora, se os espíritos podem agir nos corpos físicos, impregnando os seus órgãos com os fluidos e estabelecendo-lhes o equilíbrio orgânico, o que os impediria de agir em pequena garrafa lacrada por uma tampa de plástico?

Podemos fazer muito pouco com a fé, mas não podemos fazer nada sem ela. A fé é a ousadia do espírito de ir além do que ele pode ver.
Átila Nunes
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