alemdavida23abrARTE KIKO
Publicado 22/04/2023 06:00
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Dando continuidade à análise dos transtornos mentais versus mediunidade, Izildinha Acetta enfatiza o fato das obsessões se manifestarem pelo canal mediúnico que todos possuem. Não é a mediunidade, contudo, que causa a enfermidade ou loucura. É um espírito obsessor que dela se utiliza para instalar na mente de sua vítima a enfermidade mental.

A influência negativa e passageira - a qual todos nós estamos sujeitos -, é diferente da obsessão propriamente dita. E é primordial que saibamos essa diferença. A obsessão é um assédio persistente de um ou vários espíritos, com intenções de prejudicar a vítima por alguma razão. Ela é resultado de uma simbiose espiritual, podendo converter-se em verdadeira parasitose mental. É uma situação que sofre oscilações, indo e vindo, com períodos de maior ou menor intensidade e gravidade.
Alguém, entretanto, só cai sob o domínio dos espíritos inferiores, quando possui fraquezas morais, que se constituem nas portas pelas quais os espíritos perturbadores têm acesso à vítima da obsessão, o obsedado, para levá-lo ao desequilíbrio, lembra Izildinha. Uma vez corrigidas as imperfeições morais mais grosseiras, o processo de obsessão tende a desaparecer.
Nos casos obsessivos graves há alto risco quando se põe o paciente no exercício da mediunidade. A relação mediúnica com o obsessor aumenta seu campo de ação psíquica, alargando canais e facilitando o agravamento da obsessão e das fixações mentais impostas pela entidade maléfica.
A obsessão muito prolongada pode ocasionar desordens patológicas, exigindo tratamento simultâneo, seja espiritual, seja médico, para restabelecer a saúde do organismo. Destruída a causa, resta combater os efeitos. E a solução não reside no exercício da faculdade mediúnica, e sim, na moralização do obsedado e do espírito obsessor.

Tudo pode ser feito pelo caminho do Espiritismo, mas sem a pretensão de transformar os obsedados em médiuns ou até mesmo em espíritas. As pessoas que têm mediunidade possuem uma natural aptidão para a vivência espírita, sendo desnecessário forçá-los. Quando ela é para o bem, espera com tranquilidade.
Sueli Caldas Schubert dá as seguintes sugestões para os variados casos de influência espiritual:
a) através de mentalização e preces, ter certeza que recebe a ajuda de amigos espirituais;
b) mentalizar que, sendo dono de seu corpo, exercerá o comando sobre este;
c) rezar em favor dos espíritos, pois nestes casos não são guias e nem amigos, já que não têm boas intenções.
As chamadas alucinações associadas aos distúrbios comportamentais, recebem o diagnóstico de “espiritopatias”, isto é, devem ser enquadradas nos limites da mediunidade. Podem ocorrer incorporações descontroladas como manifestações puramente psíquicas de vidência e audiência mediúnicas.
A aquisição de tais conhecimentos certamente modificaria o panorama da atual Psiquiatria, destaca Izildinha Acetta. Por isso, o importante trabalho desenvolvido pelas associações médico-espíritas se multiplicam no Brasil. Óbvio que isso desperta a atenção no meio acadêmico dos profissionais da Saúde para os acontecimentos de ordem mediúnica e obsessiva.
Átila Nunes
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